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    Trump acusado por tribunal da Flórida de manipular documentos confidenciais

    Numa acção sem precedentes, um grande jurado federal no Estado da Flórida, no sul dos Estados Unidos, acusou o ex-Presidente Donald Trump, nesta quinta-feira, 8, de manipulação incorrecta de documentos confidenciais do Governo depois de ter deixado a Casa Branca, tornando-o no primeiro ex-Presidente americano na história a enfrentar um processo federal.

    As sete acusações, que não foram ainda reveladas, apontam que Trump, entre outras acusações, de violar leis federais que proíbem a retenção não autorizada de “informações de defesa nacional”, um crime punível com até 10 anos de prisão.

    Trump confirmou a acusação na sua plataforma de rede social, Truth Social, ao revelar que havia sido convocado para comparecer ao tribunal em Miami na terça-feira, 12.

    “A Administração corrupta de Biden informou a meus advogados que fui indiciado, aparentemente pelo embuste das caixas”, escreveu Trump, aparentemente em referência às caixas de documentos governamentais classificados apreendidos pelo FBI na sua propriedade na Flórida em Agosto passado.

    Numa declaração em vídeo, Trump afirmou que o Governo do Presidente Joe Biden “armou” o Departamento de Justiça e o FBI para atingi-lo.

    “Sou um homem inocente, sou uma pessoa inocente”, disse Trump, acrescentando que “não podemos deixar que isso continue porque está a destruir o nosso país”.

    Apoiantes leais de Trump se uniram ao ex-Presidente.

    Numa breve declaração, o deputado Jim Jordan, de Ohio e presidente do Comité de Justiça da Câmara dos Representantes, escreveu: “É um dia triste para a América. Deus abençoe o Presidente Trump.”

    A acusação é o mais recente problema legal que Trump enfrenta quando está na corrida às Presidenciais de 2024, e na qual Biden tenta a reeleição.

    Em Abril, um grande jurado de Manhattan indiciou Trump de falsificação de registos comerciais para ocultar um pagamento a uma actriz de filmes pornográficos, com quem manteve relacionamento anos atrás, para garantir o seu silêncio durante a campanha à Presidência em 2016.

    Ele também se declarou inocente no caso.

    A acusação, embora seja um grande golpe para as ambições políticas de Trump, não o impede de tentar um segundo mandato na Casa Branca.

    Na verdade, como disse na altura o ex-procurador federal John Malcolm, não há leis que o impeçam de concorrer, mesmo que seja condenado.

    “Houve pessoas que concorreram a cargos a partir da prisão”, disse Malcolm.

    Em 2002, o ex-deputado Jim Traficant concorreu à sua antiga cadeira no Congresso enquanto cumpria uma sentença de prisão por corrupção.

    O advogado de Trump, James Trusty, disse à cadeia CNN que as acusações incluem retenção intencional de informações de defesa nacional, obstrução da justiça, declarações falsas e conspiração.

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    FonteVOA

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