Tropas quenianas cruzaram a fronteira com a Somália para atacar os rebeldes islâmicos do grupo Shebab, acusados de ter sequestrado recentemente quatro estrangeiros no Quénia, entre eles duas espanholas, anunciou ontem um porta-voz.
“Entrámos na Somália para perseguir os rebeldes shebab, que são responsáveis por ataques e sequestros no nosso país”, afirmou à AFP o porta-voz do governo queniano, Alfred Matua.
Um jornalista da France Presse que se encontra perto da fronteira com a Somália viu um grande número de soldados passar e também observou caças e helicópteros que sobrevoavam a região.
Várias testemunhas confirmaram movimentos de tropas na região e viram camiões de soldados avançarem em direcção à fronteira com a Somália.
O ataque ocorreu um dia após o ministro queniano de Segurança Interior, George Saitoti, qualificar os shebab de “inimigos” e prometer atacá-los. “Não se pode tolerar que isto continue, e isto significa que de agora em diante perseguiremos os inimigos, que são (islamitas somalis) shebab, onde quer que se encontrem, incluindo no seu país”, disse George Saitoti à imprensa. Homens armados sequestraram na quinta-feira passada num acampamento no Quénia duas espanholas que trabalhavam para a Organização Médicos sem Fronteiras (MSF), após capturar no dia 11 de Setembro uma turista britânica, Judith Tebbutt, e uma francesa, Marie Dedieu, no início deste mês. As autoridades quenianas acreditam que todas estas mulheres foram levadas para a Somália.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: AFP