BCE mantém juros em 0% até 2025, pelo menos, assume a The Economist Intelligence Unit. Equipa de economistas avisa ainda que “quando a pandemia acabar, a austeridade não será uma opção credível”.
A retoma de Portugal em 2021 deverá ser lenta, mas o país corre riscos reduzidos de cair novamente numa crise bancária ou soberana graças à proteção do Banco Central Europeu (BCE) e dos apoios da União Europeia, diz a Economist Intelligence Unit (EIU).
“A atual crise de saúde pública vai conduzir a uma contração substancial do produto interno bruto (PIB) real de pelo menos 8% em 2020” e no ano que vem a economia portuguesa vai sentir o “impacto duradouro do coronavírus no turismo, um risco negativo que impedirá uma recuperação rápida”, dizem os economistas no mais recente outlook (panorama) da unidade de investigação económica da conhecida revista The Economist.
Em todo o caso, apesar dos problemas estruturais da economia nacional, a EIU diz que “as medidas de política europeia irão limitar o risco de uma crise bancária ou soberana”.
Por exemplo, neste novo outlook, a EIU assume que o BCE vai manter a taxa de juro de referência da zona euro em 0% até 2025, pelo menos.
“Portugal está a ser afetado por uma recessão económica acentuada e as suas finanças públicas estão a deteriorar-se rapidamente. No entanto, o apoio do BCE está a manter os custos de financiamento em mínimos históricos”, observam os mesmos peritos.
“O panorama político estável, à luz dos standards das economias do sul da Europa, serve de apoio ao rating”, acrescentam.