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    Tesouro dos EUA aplica sanção a rede de transporte de petróleo ligada ao Irão

    AFP

    O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs uma sanção a uma rede de transporte marítimo que seria dirigida pela Guarda Revolucionária do Irão, afirmando que esta estrutura permitiu vender milhões de barris de petróleo para beneficiar o presidente sírio, Bashar al-Assad.

    As sanções, que atingem 16 entidades, dez pessoas e 11 embarcações, foram anunciadas em um momento no qual o Irão ameaça reduzir novamente seus compromissos nucleares se os Estados Unidos reduzirem a pressão sobre Teerão.

    “O Irão continua a adoptar medidas de provação para desestabilizar a região e o mundo”, disse em um comunicado o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abandonou em 2018 o acordo nuclear iraniano assinado três anos antes para impedir que Teerão conseguisse desenvolver uma arma nuclear. Desde então, aplicou uma série de sanções contra o país, voltadas especialmente a impedir a venda de petróleo.

    O Departamento do Tesouro afirma que as Forças Al Qods, uma unidade de elite da Guarda Revolucionária responsável pelas operações exteriores, apoiaram tanto o presidente sírio como o grupo xiita libanês Hezbollah com envios de petróleo, a maior parte dele para a Síria.

    “Nossas acções nas últimas duas semanas servem como uma advertência potente para qualquer um que considerar facilitar as vendas de petróleo das Forças Al Qods de que haverá consequências imediatas”, acrescentou o funcionário.

    Já o Departamento de Estado anunciou uma recompensa de 15 milhões de dólares por informação que possa abalar os mecanismos financeiros da Guarda Revolucionária, inclusive as Forças Al Qods.

    – Linha de crédito bloqueada –

    Também nesta quarta, um diplomata americano de alto escalão descartou qualquer dispensa das sanções contra o Irão para permitir uma linha de crédito para Teerão – algo que a França havia proposto.

    “Não podemos dizer de forma mais clara que estamos comprometidos nesta campanha de pressão máxima e que não buscamos conceder nenhuma excepção, nem isenção”, declarou Brian Hook, coordenador do Departamento de Estado para assuntos iranianos.

    O funcionário detalhou que não tinha visto nenhuma proposta “concreta” da França e que, portanto, não podia comentar a respeito.

    Hook conversou com a imprensa para tratar das últimas sanções contra o Irão anunciadas na quarta-feira pelos Estados Unidos, e alertou “que há mais sanções a caminho”.

    Mais tarde, o presidente do Irão anunciou que vai abandonar os limites para pesquisa e desenvolvimento nuclear, um novo passo que reduz os compromissos adoptados com a comunidade internacional em 2015.

    Rohani considera que os esforços diplomáticos liderados pela França têm poucas possibilidades de êxito e declarou ao conselho de ministros que o anúncio apresentará “detalhes” da “terceira fase” de redução de compromissos, que começou em maio.

    “Não acho que chegaremos a um acordo hoje ou amanhã, então começaremos a terceira etapa da qual anunciaremos os detalhes hoje ou amanhã”, declarou Rohani ao seu gabinete.

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