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    TAP diz que problema dos fundos retidos em Angola “tem estado a ser resolvido”

    Angola enfrenta desde o final de 2014 uma crise financeira, económica e cambial decorrente da quebra com as receitas da exportação petrolífera e tem vindo a limitar o acesso a divisas.

    O problema dos fundos retidos às companhias aéreas em Angola e que também afecta a transportadora aérea portuguesa tem estado a ser resolvido com as autoridades angolanas, disse hoje fonte da TAP.

    “A situação tem estado a ser resolvida com as autoridades angolanas e o problema não se tem agravado”, afirmou a mesma fonte.

    Segundo a fonte, há “algumas verbas retidas, mas não ao nível da Venezuela”.

    No relatório e contas da Parpública, no final de 2015, a TAP tinha para receber da Venezuela 101 milhões de euros, dos quais 91,4 milhões são reconhecidos como uma variação cambial negativa extraordinária.

    A 31 de Dezembro de 2015, segundo o mesmo documento, a TAP tinha depósitos em Angola no montante de 27,7 milhões de euros, que estava com dificuldade de repatriar.

    “Nesse sentido, foi negociada uma linha de crédito corrente com uma instituição financeira até ao limite de 20 milhões de dólares, que disponibiliza ao grupo os montantes retidos em Angola, encontrando-se os depósitos bancários” como garantia, refere o relatório.

    Ainda em relação ao problema em Angola, a fonte salientou que a TAP já “tomou certas medidas”, nomeadamente o ter passado a vender em Angola apenas bilhetes, cuja viagem tenha início em Luanda.

    Angola é o quinto país do mundo com mais fundos retidos às companhias aéreas, que não paga há sete meses, acumulando dividendos de 237 milhões de dólares (212 milhões de euros) que as transportadoras não conseguem repatriar.

    Os dados constam de um comunicado da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) a que a Lusa teve hoje acesso, colocando Angola numa lista de países liderada pela Venezuela, com 3.180 milhões de dólares (16 meses sem transferir dividendos), seguida da Nigéria (591 milhões de dólares, sete meses), Sudão (360 milhões de dólares, quatro meses) e Egito (291 milhões de dólares, quatro meses).

    No mesmo comunicado, a IATA, que representa 264 companhias aéreas e 83 por cento do tráfego global, afirma que pediu aos governos “que respeitem os acordos internacionais que os obrigam a garantir que as companhias aéreas sejam capazes de repatriar suas receitas”.

    Angola enfrenta desde o final de 2014 uma crise financeira, económica e cambial decorrente da quebra com as receitas da exportação petrolífera e tem vindo a limitar o acesso a divisas.

    Várias companhias, como a portuguesa TAP, já só aceitam pagamentos em moeda nacional exclusivamente para viagens que se iniciam em Luanda. A espanhola Ibéria, alegando redução de passageiros, deixou de voar para a capital angolana no final do mês de maio. (jornaldenegocios)

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