O ministro da saúde, José Van-Dúnem, destacou em Genebra (Suíça), os ganhos e impactos nas intervenções de saúde, nos últimos doze anos em que Angola vive um ambiente de estabilidade política e económica.
O governante angolano intervinha na plenária da 67ª Assembleia Mundial da Saúde, afirmou que como resultado dos esforços para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, tem sido acelerados particularmente através do acesso dos serviços integrados de saúde a nível municipal, bem como intervenções nacionais sobre doenças prioritárias.
Revelou que depois de uma batalha árdua para eliminar três importações de Pólio Vírus Selvagem, Angola permanece livre da Pólio há quase três anos.
“Considerando que as importações continuam a ameaçar os países livres da Pólio, Angola está comprometida em atingir um alto nível de vigilância das paralisias flácidas agudas, bem como alto nível de imuno – protecção, através da vacinação de rotina e campanhas de imunização, com vista a atingir 100% das crianças menores de cinco anos”, sublinhou.
O ministro disse que com o suporte técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo Global, Angola actualizou o seu Plano Nacional de Prevenção de Controlo da Tuberculose, visando a expansão da cobertura de intervenções chaves, bem como a detecção e a gestão mais vigorosa dos casos de co- infecção com o VIH e dos casos emergentes de múltiplas resistências.
Relativamente ao VIH/Sida, o aconselhamento, testagem, tratamento e cuidados de suporte, afirmou que continuam a ser expandidas e implementadas a nível dos cuidados primários de saúde.
Indicou que cerca de um milhão de pessoas foram testadas em 2013, das quais metade eram mulheres grávidas. Entre 2012 e 2013 a cobertura de transmissão vertical de mãe para filho subiu de 21% para 39%.
Quanto a Malária, disse que a campanha nacional de prevenção em curso, levou a distribuição de cerca de um milhão de mosquiteiros durante os últimos 12 anos.
O ministro deu a conhecer que durante o último ano, Angola teve que enfrentar um surto urbano de Dengue e o recrudescimento de febre por Chikungunya, enfatizando deste modo a necessidade contínua do reforço da vigilância epidemiológica.
Na sua intervenção referiu-se também ao aumento exponencial de acidentes rodoviários e de traumas relacionados com a violência doméstica, os quais juntos com o aumento das Doenças Não-Transmissíveis estão a ameaçar os ganhos obtidos com o esforço para o controlo das doenças infecciosas.
O ministro José Van-Dúnem fez igualmente menção ao Censo Nacional que teve início no dia 16 de Maio, do qual se espera que forneça dados oficiais para o planeamento, monitorização e avaliação de numerosas intervenções em saúde. (portalangop.co.ao)
