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    Sindicato dos Médicos garante ter provas de que Sílvio Dala não morreu de causas naturais

    O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) criticou hoje de forma veemente a Bastonária da Ordem dos Médicos por se ter desmarcado da manifestação organizada no último sábado para homenagear o médico Sílvio Dala, morto em circunstâncias envoltas em polémica no passado dia 01, em Luanda, e garantiu que, ao contrário do que diz a Polícia Nacional, as provas apontam para outro lado que não as causas naturais.

    A informação foi avançada pelo presidente do SINMEA, Adriano Manuel, no protesto da classe médica, em memória do pediatra Sílvio Dala, que morreu no dia 01 de Setembro, quando foi levado pela polícia para uma esquadra, porque se encontrava a conduzir sem máscara facial.

    Na manifestação estiveram cerca de 300 médicos, que, em dizeres estampados nas suas camisolas e em tarjas, pediram justiça, dignidade e respeito: “Exigimos Justiça; Os médicos Exigem Dignidade e Respeito; Não nos Matem, o Povo Precisa de Nós”.

    Na sua intervenção, Adriano Manuel sublinhou que é preciso que sejam esclarecidas as verdadeiras causas que levaram à morte o médico Sílvio Dala.

    As autoridades angolanas abriram inquérito para apurar as circunstâncias da morte do médico angolano Sílvio Dala, ocorrida na semana finda, após ter sido detido pela Polícia.
    (DR)

    “Por isso, nós vamos obrigatoriamente continuar com o nosso. Temos a necessidade de, na próxima semana, levarmos a tribunal, pois temos provas concretas que o nosso colega não faleceu de enfarte agudo do miocárdio, teve outras causas que jogaram um papel muito importante”, disse.

    Adriano Manuel levantou ainda a sua voz contra a Bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar, que se demarcou da marcha organizada pelo SINMEA.

    “Nós tivemos a oportunidade de observar ontem (sexta-feira), infelizmente, a entrevista da nossa bastonária e nós não gostamos nada de ouvir aquilo, por isso na próxima semana o sindicato vai se pronunciar sobre isso”, referiu Adriano Manuel, apelando para a calma dos médicos.

    Em declarações à agência Lusa, o médico Rodrigo João considerou “uma tristeza” o actual momento, lamentando a morte de um profissional “que podia servir a nação durante vários anos”.

    “Infelizmente, não houve piedade e o cidadão morreu em circunstâncias não devidamente definidas”, referiu, reiterando a tristeza entre a classe médica.

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    FonteNJ

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