O Serviço Penitenciário está empenhado na formação dos efectivos, para que o processo de reabilitação dos reclusos seja mais eficaz e consistente, afirmou nesta terça-feira, em Luanda, o director-geral da instituição, António Joaquim Fortunato.
Ao falar na abertura dos cursos de comando e direcção, básico integrado de técnica penitenciária, ordem interna e de anti-distúrbio, o comissário prisional principal declarou que o capital humano é importante para a realização de qualquer actividade, seja ela privada ou pública.
Considerou imperioso os efectivos interpretarem correctamente as normas que regem a actividade penitenciária, para uma execução condigna das medidas privativas de liberdade aplicadas aos reclusos.
Fez saber ainda que novos estabelecimentos prisionais estão a ser erguidos no país para aumentar a capacidade instalada do sector que, actualmente, controla 23.931 reclusos, dos quais 11.367 são detidos e 12.564 condenados.
Exortou os efectivos no sentido de absorverem corretamente os conhecimentos que serão transmitidos durante a formação.
“Aprendam bem as noções relativas ao modo de tratamento dos reclusos, para não agirem de modo cruel e desumano. É preciso entender que o recluso é, acima de tudo, também um ser humano, um irmão”, vincou.
Entretanto, o director da Escola Nacional de Técnica Penitenciária, Amaral Gourgel, notou que os cursos inscrevem-se no quadro da formação contínua gizada pela instituição, que visa alcançar níveis de satisfação na prestação do trabalho de reabilitação dos reclusos.
Para si, dado o papel que o Serviço Penitenciário desempenha no contexto da segurança, ordem e tranquilidade públicas, reabilitação e reinserção dos reclusos na sociedade, a Escola é chamada a cumprir uma missão constitucional de formar, capacitar e aperfeiçoar os servidores penitenciários.
“Com isto, a sociedade espera de vós maior empenho, entrega, abnegação, disciplina, responsabilidade e, sobretudo, coerência na vossa actuação”, expressou.
Participam nos cursos, que decorrem na Escola Nacional de Técnica Penitenciária, em Viana, oficiais superiores, oficiais subalternos, subchefes e agentes, numa composição de 30 efectivos que fazem parte do sistema penitenciário, de forma a potenciá-los nos mais variados conhecimentos de especialidade. (portalangop.co.ao)