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    Separatistas pró-russos e forças ucranianas trocam acusações de bombardeamentos no leste da Ucrânia

    Separatistas pró-russos no leste da Ucrânia acusaram as forças do governo ucraniano de abrirem fogo em direção ao seu território quatro vezes nas últimas 24 horas, estando ainda a apurar se há vítimas em resultado dos alegados ataques.

    Já o exército ucraniano negou que as suas forças tenham atacado, garantindo que foram os rebeldes que bombardearam os militares ucranianos.

    Um alto responsável do governo ucraniano disse à agência Reuters que o ataque dos separatistas não parece uma violação do cessar-fogo igual a outras que têm acontecido e se assemelha a uma “provocação”. O presidente ucraniano diz já ter discutido o ocorrido com Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.

    Até ao momento, não há dados sobre a gravidade dos incidentes nem houve uma reação oficial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que tem estado a monitorizar a situação no local mas retirou alguns dos seus observadores da região nos últimos dias, devido à ameaça crescente de uma invasão russa da Ucrânia.

    Fonte diplomática da OSCE disse apenas à agência Reuters que foram registados vários bombardeamentos no leste da Ucrânia, ao longo da linha de contacto entre os separatistas apoiados pela Rússia e as forças ucranianas.

    Em comunicado citado pela Reuters, representantes da autoproclamada República Popular de Lugansk acusaram as forças ucranianas de usar morteiros, granadas e uma metralhadora em quatro incidentes distintos. “As forças armadas da Ucrânia violaram de forma grosseira o regime de cessar-fogo, usando armamento pesado que, de acordo com os Acordos de Minsk, deveria ser retirado”, lê-se na declaração dos separatistas.

    Já a Ucrânia acusa os separatistas de recorrem a artilharia para atingirem um jardim de infância numa aldeia da região de Lugansk. Imagens de um edifício destruído foram entretanto divulgadas pelas forças ucranianas e partilhadas nas redes sociais.

    Fonte da União Europeia revela que Bruxelas está a analisar os bombardeamentos na região de Donbass, a região separatista ucraniana, admitindo que podem ser usados como “teste ou desculpa” para uma invasão russa da Ucrânia.

    Incidentes como estes ocorreram várias vezes nos últimos oito anos, desde a anexação da Crimeia pela Rússia, mas a Federação Russa tem atualmente mais de 100.000 soldados ao longo da fronteira da Ucrânia, na sequência da escalada de tensões entre os dois países.

    A Federação Russa garante que não tem planos para invadir a Ucrânia e tem feito regressar à base forças militares que estavam em exercícios na Crimeia, mas a NATO e os Estados Unidos dizem não ver sinal de uma desescalada de Moscovo.

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    FonteCNN

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