Domingo, Abril 28, 2024
15.5 C
Lisboa
More

    São Tomé e Príncipe: Presidente veta polémica revisão da Lei Eleitoral

    O Presidente santomense, Evaristo Carvalho, vetou a polémica lei eleitoral aprovada a 13 de dezembro no parlamento por 28 votos da maioria que sustenta o governo e 1 voto da ADI, na oposição, uma lei que está no pomo da discórdia entre a nova maioria no poder constituída pelos partidos MLSTP-PSD e a coligação PCD-MDFM-UDD.

    Com eleições eleições presidenciais, autárquicas e regionais agendadas para este ano e legislativas em 2022, o Presidente Evaristo Carvalho, vetou a proposta de revisão da lei eleitoral alegando que como “garante da Constituição, não pode dar o seu aval a um texto com o qual não está em total harmonia, mormente no que respeita aos limites ao exercício de direitos cíveis e políticos de forma livre”.

    Esta polémica lei prevê, entre outros aspectos, a impossibilidade de cidadãos concorrerem às eleições sem estarem filiados a um partido político, ou ainda a impossibilidade de candidatos não nascidos no arquipélago, ou que não tenham nele residido durante pelo menos os 180 dias anteriores à eleição, o que a ADI, que se regozija com o veto presidencial, considerando que a revisão da lei, ora vetada, excluía uma eventual candidatura às presidenciais do seu líder Patrice Trovoada, antigo primeiro-ministro entre 2014 e 2018 e que desde estão reside no estrangeiro.

    O projecto de lei permite o voto da diáspora nas eleições legislativas previstas para 2022 e cria dois círculos eleitorais: Europa e África, permitindo à diáspora dispor de dois deputados, mas impede cidadão nascidos e/ou residentes na diáspora de concorrerem à Presidência da República.

    Evaristo Carvalho, antigo vice-presidente do partido ADI, que o apoiou na sua eleição em 2018, aguarda que seja apresentada uma reforma integral do pacote legislativo que respeite a constituição do país.

    Na carta enviada ao Presidente da Assembleia Nacional e datada de 30 de dezembro 2020, o Chefe de Estado faz ainda recordar que “num passado não longínquo [2014] uma tentativa de revisão semelhante foi objecto de rejeição presidencial, por terem sido detectadas nela normas inconstitucionais e que nesta data continuam a suscitar desentendimentos graves.

    O Presidente da República diz ainda, que não se pode descurar que as leis eleitorais brigam com os direitos e liberdades e as respectivas garantias que são fundamentais para a estabilidade do Estado de Direito.

    Os partidos políticos com deputados na Assembleia Nacional estão reunidos para analisar o veto presidencial, o que aponta para uma reapreciação do referido diploma.

    Segundo uma fonte contactada pela RFI, admite-se que o parlamento se pronuncie ainda esta semana sobre o assunto.

    Sociedade Civil apresenta Manifesto apelando ao veto de Lai Eleitoral

    Assinado por mais de uma dezena de cidadãos santomenses o Manifesto da Sociedade Civil e datado de 2, foi entregue no dia seguinte ao Presidente !Evaristo Carvalho, pedindo-lhe que vetasse a Lei Eleitoral.

    Dias antes, a 1 de dezembro 2020, um grupo de cidadãos alertou para a inconstitucionalidade da revisão da Lei Eleitoral que data de 1990 e que segundo eles visa dividir os santomenses.

    Publicidade

    spot_img
    FonteRFI

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Villas-Boas fala em “noite histórica”: “O FC Porto está livre de novo”

    André Villas-Boas mostrou-se, na madrugada de sábado para domingo, "muito contente, orgulhoso e honrado" pela vitória naquelas que foram...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema