São Tomé – O Fórum Nacional da Educação e Formação terá lugar entre 15 a 17 de Maio na capital santomense. O encontro central será precedido de conferências distritais e na Região Autónoma do Príncipe entre 7 e 11 do mesmo mês, segundo apurou a PNN.
O objectivo é «garantir uma ampla divulgação da Carta Política Educativa», disse a secretária-geral do Ministério da Educação, Cultura e Formação e coordenadora do evento.
O Fórum será igualmente um «espaço de interacção, debate de ideias entre a sociedade civil e a comunidade educativa sobre a problemática da Educação», precisou Inácia Sousa em declarações à PNN.
No quadro mais específico pretende-se, entre outros, «garantir, de maneira gradual e sustentável, o acesso a um ensino de qualidade de 12 anos, universal e gratuito para todos os jovens santomenses no horizonte de 2022», «desenvolver um Ensino Técnico Profissional de qualidade e proceder a sua articulação com o ensino Secundário e Superior, e com o sistema económico nacional».
Prevê-se ainda «implementar uma política de formação e capacitação de alto nível destinada à classe docente e aos demais quadros do MECF de forma a responder ao desafio da qualidade e da eficiência do sistema educativo e «Harmonizar os diferentes instrumentos de política educativa do MECF num documento de estratégia de curto, médio e longo prazos, elaborado na base de dados e factos consistentes e que seja capaz de facilitar um diálogo político e um processo de tomada de decisão por parte dos governantes e dos parceiros de desenvolvimento», lê-se na versão preliminar do documento.
A Carta Política Educativa, em fase de finalização, foi concebida tendo um horizonte de 10 anos (2012-2022). Política Educacional, Educação e Desenvolvimento, Parcerias e Educação e Novas Tecnologias são os temas centrais que serão analisados no fórum.
Também será validado um segundo documento. O Relatório de Estudo do
Sistema Educativo Nacional (RESEN) dá uma visão concreta sobre as despesas com a Educação nesse período.
A Educação é vista como uma prioridade, mas os constrangimentos advêm de fracos recursos económicos. Inácia Sousa adiantou que ainda este ano vai ser organizada uma Mesa Redonda com os parceiros internacionais para mobilizar fundos internos e externos.
O MECF pretende, por outro lado, propor ao governo e ao Parlamento um
«Pacto de Governação» assente num «largo compromisso entre todas as forças políticas nacionais de que os programas de Governo para o sector da educação de São Tomé e Príncipe nos próximos dez anos inspirar-se-ão na presente Carta», diz o documento.
A organização do Fórum Nacional da Educação e Formação conta com o apoio do Banco Mundial.
Fonte: PNN