(Foto: Angop)
O arranque do projecto agro-industrial no município do Cuimba, província do Zaire, que prevê uma produção anual de 15 mil toneladas de milho e cinco mil de soja, numa área de três mil hectares, foi um dos factos marcantes do ano que está prestes a terminar.
O anúncio do início deste projecto, avaliado em sete biliões e 900 milhões de kwanzas (79 milhões de dólares), foi feito por ocasião da visita, em Agosto ultimo, à cidade de Mbanza Congo, do ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Afonso Pedro Canga.
Aprovado há dois anos pelo Conselho de Ministros, o programa será implementado num período de 60 meses e insere-se na política de diversificação da economia nacional e de combate à pobreza, prevendo proporcionar 300 postos de trabalho directos.
Prevê a construção de três silos com a capacidade total de 15 mil toneladas de armazenamento e uma fábrica de processamento de ração com a capacidade de produzir 150 toneladas por dia.
Outro destaque do ano que está prestes a findar foi a visita do ministro da Hotelaria e Turismo, Pedro Mutinde, à província, em Junho, onde orientou o VI Conselho Consultivo Alargado do sector. Na altura, o governante afirmara que o plano director do seu pelouro confere a esta região a categoria de “pilar de sustentabilidade do turismo cultural”, dadas as suas potencialidades neste domínio.
Pedro Mutinde considerou que, no quadro do programa estratégico do seu Ministério, o turismo cultural constitui uma das grandes prioridades para os próximos anos.
Ainda na vertente cultural, a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, anunciou em Julho, em Mbanza Congo, a construção de uma escola de arqueologia e um novo museu nesta histórica cidade, em 2015.
Em visita de trabalho, no âmbito do processo de inscrição da cidade de Mbanza Congo na lista do património mundial da UNESCO, a ministra explicou que a escola de arqueologia vai formar técnicos para esta área do saber que vão reforçar o quadro dos museus de arqueologia de Benguela e Zaire.
Sublinhou que a construção da instituição surge na sequência dos resultados alcançados com a acção dos especialistas angolanos e estrangeiros que trabalham para a inscrição da cidade de Mbanza Congo como património da humanidade.
“Vamos, em colaboração com o governo do Zaire, elaborar um plano para que, no âmbito do programa do executivo para 2015, possa ser incluída verba para a edificação da escola e do museu, como forma de garantirmos a formação de mais especialistas, bem como para acolher as peças recolhidas no processo de escavação arqueológica do dossier – Mbanza Congo, cidade a desenterrar para preservar -”, disse a ministra.
Outro dos destaques deste ano foi a deslocação do ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, à província do Zaire, em Abril, onde constatou o funcionamento do sector que dirige. Durante a estadia de 48 horas, o titular da Comunicação Social inaugurou a emissora regional da RNA no município do Soyo e procedeu ao lançamento da primeira pedra para a construção de um centro de produção da Televisão Pública de Angola (TPA) e a entrega do carro satélite.
A ligação rodoviária entre Angola e os países limítrofes será efectiva em 2017, afirmou em Julho último, em Mbanza Congo, o diretor-geral do Instituto de Estradas de Angola (INEA), António Resende, em declarações à Angop.
O responsável, que falava à margem da reinauguração da ponte sobre o rio Luvo, referiu que, no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento para o quinquénio 2013/2017, vai ser possível a ligação dos corredores rodoviários transfronteiriços a nível das regiões sul, norte e leste do país.
Por último, os munícipes de Mbanza Congo testemunharam, em Agosto deste ano, a entrega de diplomas ao primeiro grupo de 62 licenciados em Física, Química, Matemática, assim como em Psicologia e Gestão de Empresas da Escola Superior Politécnica local.
A cerimónia de entrega de canudos aos primeiros quadros superiores formados na província do Zaire foi presidida pelo ministro do Ensino Superior, Adão do Nascimento, que destacou os feitos do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, frisando que “tem sabido liderar as actividades nas mais diversas esferas do país, com destaque no sector da educação”.
Na sua óptica, o ensino superior na província do Zaire conhece progressos assinaláveis, fazendo alusão à existência de duas escolas deste nível na região, uma em Mbanza Congo e a outra no Soyo, afectas à Universidade 11 de Novembro, com sede em Cabinda, assim como a intenção do governo local em construir dois pólos universitários nas duas cidades da província nos próximos tempos. (portalangop.co.ao)
