Militares sírias içaram hoje a bandeira nacional num ponto da fronteira da parte dos montes Golã ocupada por Israel, quatro anos após perder o controlo deste sector, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Segundo aquela organização não-governamental, as forças sírias entraram na “zona-tampão”, que separa o território sírio do ocupado por Israel, e hastearam a bandeira na passagem de Qouneitra.
As forças governamentais de Bashar al-Assad e aliados desencadearam em 19 de Julho uma ofensiva para retomar as zonas rebeldes nas províncias meridionais de Deraa e Qouneitra, junto à parte do Golã ocupado e anexado por Israel.
Na terça-feira, dia 24 de Julho, um caça sírio foi abatido por Israel junto aos montes Golã por ter, alegadamente, penetrado o espaço aéreo israelita na zona.
Na altura, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou hoje o alegado desrespeito do espaço aéreo israelita por um caça sírio como “uma grosseira violação” do acordo de desmilitarização entre Israel e a Síria.
A versão foi desmentida por Damasco, ao referir que o aparelho conduzia operações contra forças ‘jihadistas’ no sul da Síria e quando as suas forças se aproximaram os montes Golã ocupados pelo Estado judaico desde 1967.
Damasco acusa há muito Israel de apoiar o EI e outros grupos da oposição.
“O inimigo israelita confirmou ter optado pelos grupos armados terroristas e atingiu um dos nossos aviões que atacava as suas posições no sector de Saída (…) no espaço aéreo sírio”, afirmou uma fonte militar.
Israel e a Síria, países vizinhos, nunca concluíram um tratado de paz.
Apesar de afirmar que não pretende envolver-se no conflito que decorre na Síria desde 2011, Israel já atacou por diversas vezes o país vizinho, em particular posições militares de Damasco e seus aliados, e ainda do Hezbollah libanês e do Irão. (Notícias ao Minuto)
por Lusa