Um recém-nascido , com apenas dois dias de vida, foi roubado do leito da mãe, na Maternidade Municipal do Chitembo (Bié), informou sexta-feira, nessa circunscrição, a própria progenitora, Adelina Chica, de 15 anos de idade.
De acordo com a Angop, Adelina Chica explicou aos jornalistas que tudo ocorreu cerca das duas horas e quarenta minutos (2h40) do dia 29 de Agosto, enquanto dormia.
Nesse instante, relatou, entrou para enfermaria uma jovem que desligou o sistema de iluminação, dificultando a sua identificação, puxou o bebé e saiu correndo.
“Eu não consegui identificar a moça que levou a criança e quando tentei seguir a jovem perdi o seu rasto, porque estava a sentir ligeiras dores do parto, além de ter sido impedida por uma enfermeira que na altura não tinham conhecimento do sucedido”, explicou.
Já Evalinda Wanga, uma das testemunhas que estava na mesma enfermaria, prosseguiu que a suposta raptora já havia aparecido há dois dias na maternidade a perguntar por uma Judith, sem no entanto explicar exactamente o que pretendia.
Por sua vez, a chefe da maternidade do Chitembo, Domingas Pascoal Júlio, afirmou que Adelina Chica, que deu entrada no dia 24 de Agosto, teve um parto normal, apesar da idade.
No entanto, a unidade sanitária não a deu alta médica, devido algumas complicações que estava a registar após o parto.
Segundo a responsável, o facto (rapto) sucedeu devido a falta de uma equipa de segurança na referida maternidade.
Entretanto, o comandante da Polícia Nacional (PN) do Chitembo, superintendente-chefe José Joaquim Bernardo, assegurou que a corporação está a investigar o caso em colaboração com os demais órgãos do Ministério do Interior e as autoridades tradicionais.
José Joaquim Bernardo avançou que a PN parte de um “rasto” de supostos dois pais do recém-nascido, assim como da equipa de enfermeiros que esteve em serviço.
O município do Chitembo, que dista a 150 quilómetros a Sul da cidade do Cuito, capital do Bié, conta com uma população estimada em 78 mil 156 habitantes. Existe na região 17 unidades sanitárias e 259 trabalhadores da saúde.
