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    Quénia: Raila Odinga contesta resultados das eleições presidenciais

    Quando uma aparente calma parecia regressar ao Quénia, após ser conhecida a vitória de William Ruto, esta segunda-feira, as tumultuosas águas pós-eleitorais do país africano voltaram a ser agitadas, durante a manhã de hoje, pela oposição. Raila Odinga contesta os resultados das presidenciais, em que conquistou um segundo lugar com 48,9% dos votos contra os renhidos 50,5% de Ruto.

    A derrota por pouca margem, correspondente a cerca de 230 mil eleitores, foi já confirmada pela comissão eleitoral independente do Quénia (IEBC). Mas Odinga rejeita a decisão e diz estar disposto a esgotar “todos os meios legais” até ver os resultados revistos.

    “O que vimos [esta segunda-feira] foi uma farsa e um desrespeito flagrante da constituição e das leis do Quénia, por parte do senhor presidente e de uma minoria de comissários da comissão eleitoral. A lei é clara sobre o papel do presidente da comissão, a lei não confere ao presidente os poderes de um ditador para governar unilateralmente a comissão”, reagiu o candidato derrotado.

    Violência regressa às ruas
    As eleições presidenciais no Quénia decorreram a 9 de agosto, mas só esta semana, seis dias depois da ida às urnas, foi conhecido o vencedor.

    A divisão do país acabou por se materializar em violência nas ruas, esta segunda-feira, descrente nas promessas de William Ruto de que será o presidente de todos os quenianos, durante o seu discurso de vitória.

    “Não há lugar para vingança. Não há lugar para olhar para trás, estamos a olhar para o futuro. Estou perfeitamente consciente de que o nosso país se encontra numa fase em que precisamos de todos os esforços para o fazer avançar”, afirmou.

    Após a vitória de Ruto, os olhos do mundo viram-se agora para a oposição, Aos 77 anos, é a quinta vez que o veterano Raila Odinga tenta chegar ao poder sem sucesso, apesar de neste último sufrágio ter contado com o apoio do governo queniano.

    Em 2007, as denúncias de fraude eleitoral levantadas por Odinga mergulharam o país numa onda de violência e repressão policial que resultou em mais de mil mortos e de 600 mil deslocados.

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