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    PSD expulsou dirigente histórico e ex-conselheiro de Estado António Capucho

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    Jurisdição decide por unanimidade. Capucho diz que já esperava este desfecho e remete reacção para hoje.

    O Conselho de Jurisdição do PSD aprovou ontem a expulsão de António Capucho, invocando a candidatura autárquica do histórico social-democrata em lista adversária do partido nas autárquicas de 2013.

    António Capucho remeteu para hoje uma reacção à decisão, mas adiantou que já esperava este desfecho. “Não tinha dúvidas desde há três meses, quando o primeiro vice-presidente do partido [Marco António Costa] resolveu ditar ao Conselho de Jurisdição o que devia fazer”, referiu o ex-presidente da Câmara de Cascais, que condenou também o que qualifica “declarações miseráveis do presidente do Conselho de Jurisdição, ao dizer que não há circunstâncias atenuantes no meu caso”.

    Calvão da Silva, que preside ao Conselho de Jurisdição social- -democrata, afirmou ontem à Lusa que a decisão de expulsão – formalmente designada “cessação da militância” – foi tomada por unanimidade. Em causa está a candidatura de António Capucho à Assembleia Municipal de Sintra pela lista independente Sintrenses com Marco Almeida. Durante o processo, o militante histórico do PSD invocou em sua defesa que houve uma violação dos estatutos do partido nas autárquicas de Sintra, dado que a comissão política distrital de Lisboa e a nacional recusaram a candidatura de Marco Almeida, quando esta tinha sido aprovada pelas bases do partido. Capucho invocou também o seu percurso de 40 anos no partido. No entanto, diz Calvão da Silva, esta questão não pode ser levada em conta pelo Conselho de Jurisdição.

    “Não temos poder nenhum de apreciação da oportunidade política, nem podemos ter em conta nomeadamente os altos serviços prestados ao partido” por António Capucho, diz Calvão da Silva ao i . “Trata-se de um processo automático”, sublinha. Ficando provado que um militante social-democrata integrou listas adversárias às do partido “efectiva-se a cessação da inscrição”. “Somos escravos dos estatutos”, refere o presidente do Conselho de Jurisdição.

    Além de Capucho, Marco Almeida, antigo vice-presidente da Câmara de Sintra que, não tendo o apoio do PSD para se candidatar à autarquia, avançou como independente nas autárquicas de Setembro de 2013, também é expulso do partido.

    No PSD desde 1974, António Capucho foi ministro, secretário de Estado, deputado e eurodeputado. Foi secretário-geral e presidente do grupo parlamentar do PSD, tendo presidido à Câmara de Cascais de 2001 a Janeiro de 2011, altura em que renunciou ao mandato. Foi ainda membro do Conselho de Estado, órgão de aconselhamento do Presidente da República, entre 2002 e 2004 e, posteriormente, entre 2008 e 2011. Nos últimos anos, Capucho tem sido um acérrimo crítico do governo de Passos Coelho. À Lusa, já admitiu vir a refiliar-se no partido, quando o PSD tiver outro líder. (ionline.pt)

    Por Susete Francisco

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