O príncipe Harry está a ser alvo de ameaças de morte por um grupo neonazi britânico por ter casado com a norte-americana Meghan Markle.
Uma investigação da BBC, citada pelo Jornal de Notícias, revelou, esta quinta-feira, que o filho mais novo do príncipe Carlos é, há vários dias, ameaçado por ter contraído matrimónio “inter-racial” e o jornal “The Sun” garante que, nas redes sociais, circulam ameaças com imagens e mensagens muito violentas.
Numa das imagens, uma montagem, há fotos de Harry com uma arma apontada à cabeça, com a frase “traidor da raça”, escreve “The Sun”.
O canal de televisão britânico denuncia que o grupo extremista, designado de Sonnenkrieg Division, é liderado por Andrew Dymock, 21 anos, estudante da Universidade Britânica de Bath, e por Oskar Koczorowski, um adolescente de 17 anos.
É uma réplica da organização norte-americana Atomwaffen Division, que apoia atos terroristas e que tem ídolos como Adolf Hitler e o assassino Charles Manson. Na investigação refere-se que o líder do grupo dos EUA, Brandon Russel, já foi condenado, este ano, a cinco anos de prisão, depois de terem sido encontrados materiais para produção de bombas no seu apartamento na Flórida.
A BBC diz que no Reino Unido haverá 10 a 15 membros do grupo, que já se terá espalhado a outros países europeus. A emissora teve acesso a mensagens entre membros do grupo britânico durante sete meses, trocadas numa plataforma de jogos online. As mensagens mostram neonazistas da Europa e dos Estados Unidos, que usam pseudónimos, a partilhar ideias racistas e a falar de material publicitário que incentive à violência.
A BBC comprometeu-se a entregar os dados da sua investigação às autoridades. Ontem, não havia nenhuma declaração do Palácio Real sobre o assunto.