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    Presidente do Conselho Nacional da Juventude de São Tomé e Príncipe faz balanço do primeiro ano de mandato

    VOA

    Foi no dia 5 de Março que Calisto do Nascimento, presidente do Conselho Nacional da Juventude de São Tomé e Príncipe, completou um ano à frente do CNJ. Esta semana ele concedeu uma entrevista à Voz da América para fazer um balanço do seu mandato de três anos, além de refletir sobre o significado de ter participado pela primeira vez do Fórum da Juventude do Conselho Económico e Social da ONU (ECOSOC), realizado esta semana na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

    Nascimento avaliou o seu primeiro ano como muito positivo, principalmente porque o trabalho feito resultou no aumento da credibilidade da organização a nível nacional e internacional.

    “Foi um ano de muitas realizações. Nós conseguimos nos posicionar de forma correta, acertada, e conseguimos desenvolver muitas actividades para além daquilo que é essencial divulgar para a juventude”.

    “Conseguimos aumentar a credibilidade da organização a nível nacional e internacional”
    No entanto, ele reconheceu as dificuldades que enfrentou no início do mandato, tais como a visão conturbada das pessoas com relação à organização, e o distúrbio e a confusão nas assembleias.

    Entre as actividades que tiveram sucesso, o presidente do CNJ destacou o projecto de educação cívica financiado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Segundo Nascimento houve uma alta taxa de abstenção, sobretudo dos jovens, na eleição de Outubro em São Tomé e Príncipe. Com o apoio das Nações Unidas, ele e a sua equipa percorreram o país de norte a sul, incluindo a região autónoma do Príncipe. Durante 15 dias, visitaram mais de 120 comunidades e localidades, sensibilizando os jovens para o processo da educação cívica, a cidadania.

    Segundo Nascimento, o CNJ também desempenhou o seu papel durante um período violento que começou após as eleições de 7 de outubro.

    “Nos encontramos com os líderes da juventude dos partidos políticos na nossa série em Santo António. Conversamos, colocamos à mesa para nós tentarmos juntos a esses líderes encontrar a melhor saída de forma que eles pudessem advogar para os seus membros a fim de reduzir o conflito que havia no país”.

    Viagem a Nova Iorque

    Foi com muito orgulho que Calisto do Nascimento contou que a juventude são-tomense foi representada no Fórum da Juventude do Conselho Económico e Social da ONU (ECOSOC) em Nova Iorque.

    “[Esta participação] foi feita através do apoio das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe e foi muito importante porque nós conseguimos, no meio de [representantes] de tantos outros países, dar a nossa voz num grupo de trabalho separado”.

    O presidente do CNJ disse que o ECOSOC é um dos eventos mais importantes a nível da juventude. Mais de 30 ministros da juventude de diversos países e mais de 800 jovens de todo o mundo participaram do fórum na sede das Nações Unidas.

    “O encontro serviu para lançarmos as bases e as sementes para os futuros encontros onde trocamos impressões com líderes do mundo em geral. A nível de posicionamento internacional do CNJ, para o ano, nós conseguimos cumprir aquilo que nós havíamos previsto.”

    O que não foi possível concluir no primeiro ano de mandato, e que o presidente do CNJ considera umas das prioridades da sua gestão, foi a informatização dos dados das organizações juvenis. Para superar a dificuldade enfrentada foi lançado este ano o projecto “Revitalizar para Mudar”.

    Como a participação num evento como o Fórum da Juventude do Conselho Económico e Social da ONU influencia os jovens líderes?

    Entre as diversas actividades de que participou em Nova Iorque, Calisto do Nascimento contou que teve a oportunidade de participar de um grupo de discussão, no qual o tema era o futuro do trabalho. Para ele, isso foi muito importante porque está a preparar um seminário para abordar o futuro do trabalho em São Tomé e Príncipe, e por conseguinte no mundo.

    Nascimento também está a organizar o segundo Fórum de Desenvolvimento Sustentável, que se realizará este ano em São Tomé com a parceria das Nações Unidas. Poder participar do Fórum da Juventude enriqueceu ainda mais a ideia do papel de que o jovem tem na sua comunidade.

    Ele citou a mensagem que ouviu do secretário-geral da ONU, António Guterres, a qual dizia que “o mundo hoje é jovem” e falava da importância dos jovens terem ideias e explicarem a forma de pensar.

    “Isso vem ao encontro daquilo que nós temos para o fórum deste ano”. Conforme Nascimento, o Fórum de Desenvolvimento Sustentável deve ter dois temas e vai tratar da responsabilidade das empresas, da responsabilidade dos cidadãos e da responsabilidade do próprio Estado.

    “Esta participação [do Fórum da Juventude em Nova Iorque] veio impulsionar ainda mais esta nossa ideia de realizar essa actividade em São Tomé”.

    Confira a entrevista para saber sobre outras actividades de sucesso realizadas pelo CNJ e outros compromissos internacionais.

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