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    Presidente da UNITA admite que XIII Congresso Ordinário não se realize até 4 de Dezembro

    O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva, admitiu hoje que a data de 4 de Dezembro, apontada pela Comissão Política do partido como limite para a realização do XIII Congresso Ordinário, depois da anulação, pelo Tribunal Constitucional (TC), do que teve lugar em 2019, possa não acontecer até essa data.

    Em declarações, hoje, aos jornalistas, após a cerimónia de tomada de posse enquanto membro do Conselho da República, uma inerência à condição de presidente da UNITA, lugar que retomou depois de Adalberto Costa Júnior deixar o cargo no decurso do Acórdão 700/2021 do TC, Isaías Samakuva explicou que a preparação do conclave obedece a determinados requisitos que é preciso ver se é possível reunir.

    O líder do maior partido da oposição explicou aos jornalistas que a Comissão Política, reunida na passada semana, perante o facto de algumas das exigências preparatórias do Congresso já estarem cumpridas no decurso do anterior pleito interno, entendeu que tal data é possível de respeitar para que o XIII Congresso Ordinária venha a ter lugar.

    Sublinhou, no entanto, que o partido “espera que seja possível” cumprir essa data com a prática que tem na realização de congressos, com “dedicação” e empenho.

    Recorde-se que o Acórdão do TC que afastou Adalberto Costa Júnior da liderança obrigou à reposição da estrutura que saiu do XII Congresso Ordinário de 2015, o que levou ao regresso inapelável de Samakuva à liderança da UNITA, tendo, posteriormente, este renomeado toda a estrutura nacional que tinha sido escolha do “anterior” líder.

    Com estas palavras, Isaías Samakuva, apesar de sublinhar que o objectivo é realizar o conclave dentro do prazo indicado no comunicado final da reunião da Comissão Política da UNITA que teve lugar na quarta-feira passada, até 04 de Dezembro, abre a possibilidade de, por questões burocráticas, tal não suceder e é o presidente do partido que tem a competência estatutária de marcar a data definitiva.

    Nestas declarações aos jornalistas, Samakuva disse que estava de regresso ao Conselho de República para trabalhar próximo do Presidente da República de modo a ajudar a unir o País.

    “Esta responsabilidade (do cargo) leva-nos a trabalhar para a unidade nacional e a estar mais próximo do senhor Presidente da República”, disse.

    O líder do partido do “Galo Negro”, que já tinha confirmado que pedira ao TC uma aclaração para diluir dúvidas sobre as suas competências neste regresso à liderança da UNITA, entre outras, ouviu hoje do Presidente da República, nas declarações que este proferiu após a sua tomada de posse, que desejava este tivesse chegado “para ficar” no Conselho da República, o que, a verificar-se o seu desejo, significaria que Isaías Samakuva será candidato no XIII Congresso Ordinário contra Adalberto Costa Júnior e ganha o pleito ou que a reunião máxima do partido não tem lugar nos tempos próximos.

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