Cidade do Vaticano – O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom Gabriel Mbilingui, realçou sexta-feira, na Cidade de Vaticano, que a canonização do Papa João Paulo II, domingo, é o elevar da grandeza de uma figura que muito contribuiu para a pacificação de espíritos entre a juventude angolana.
Segundo o prelado, que falava à imprensa angolana, em Roma, este momento é de “extrema importância, por ter sido o primeiro Papa a pisar solo angolano”, numa ocasião histórica para o país.
Para Dom Gabriel Mbilingui, tudo isso faz o Povo angolano sentir-se feliz pelo reconhecimento do Santo Padre, sendo ainda importante porque Angola, com a visita papal, recebeu uma boa nova.
Destacou igualmente a elevação à Santo, justificando que, apesar de Angola na altura em situação difícil, pelo conflito na época (1992), foi abençoada pelo Papa.
“Nesta nova fase, o país marca passos importantes para o desenvolvimento e o povo está aberto à este movimento de reconciliação e pacificação de espíritos, de reconstrução do homem angolano. Como tal está a relançar a semente do Evangelho, para a reafirmação da fé e paz espiritual”, reforçou.
De acordo com o também arcebispo do Lubango, a influência de João Paulo II sobre o país reflecte-se igualmente na forma como se regista a mudança dos corações dos fiéis na harmonização das acções humanas.
Por tudo isso, disse don Mbilingue, o Papa João Paulo II considerou que Angola poderia ser um modelo e exemplo a seguir por outras nações. “Foi um Papa que mostrou paixão pela juventude angolana, deixando clara a mensagem de que o país nunca mais deveria voltar à guerra, e estamos a seguir e a cumprir, todos os dias”. (portalangop.co.ao)