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    Presidente chinês sai mais forte de encontro anual do Partido Comunista

    O presidente chinês, Xi Jinping, chefe do partido, do Estado e do Exército, saiu ainda mais forte do encontro anual do Partido Comunista Chinês (PCC), que, durante quatro dias, reuniu-se a portas fechadas para decidir o destino do país mais populoso do mundo.

    Em um comunicado após a reunião, realizada em um hotel de Pequim protegido com grandes medidas de segurança, o Partido pede aos seus 88 milhões de membros que “se unam estreitamente em torno do comité central do PCC, com o camarada Xi Jinping ocupando um papel central”, indica a agência oficial Xinhua.

    O anúncio foi realizado após a reunião de quase 400 altos dirigentes do Comité Central, um órgão que actua como uma espécie de Parlamento dentro do partido único e que se reúne todos os anos para falar da disciplina interna e, em particular, da luta contra a corrupção.

    O uso do termo “central” pode significar um reforço do poder de Xi Jinping, embora desde a morte de Mao Tsé-Tung, fundador do partido comunista, o poder seja exercido de maneira colegiada, um sistema para evitar a guinada autoritária da época do “Grande Timoneiro”.

    “É um imenso passo para trás nas reformas políticas e inconstitucionais” e um retorno ao “culto da personalidade” da época de Mao, lamenta Willy Lam, especialista da China e do Partido Comunista da universidade chinesa de Hong Kong.

    “Xi é muito ambicioso em seu controle do poder”, explica Lam, ressaltando que já foram tomadas medidas para que os dirigentes do partido sigam a linha oficial, como a de proibir as “críticas infundadas”.

    Desde sua chegada, no fim de 2012, ao topo do poder, Xi ampliou seu poder mais que nenhum outro líder desde os tempos de Mao, a ponto de alguns observadores acreditarem que pode tentar permanecer no poder para além do período tradicional de dez anos.

    “Quando uma pessoa se converte em central na direcção do partido, também pode se tornar eterna (…) Apenas uma pessoa dentro do partido, ou seja, Xi Jinping, pode definir as regras políticas”, afirma Lam.

    A campanha de Xi contra a corrupção levou à queda de alguns líderes que até agora pareciam intocáveis – como Zhou Yongkang, o ex-chefe dos serviços de segurança – e representa uma advertência para as hierarquias inferiores.

    Desde 2013, mais de um milhão de membros do partido foram punidos por corrupção, anunciou na semana passada a comissão central de disciplina do PCC.

    No entanto, as tentativas do líder chinês de reformar as empresas estatais, que controlam sectores inteiros da economia, mas são pouco rentáveis, foram travados pela resistência de seus dirigentes, que querem conservar seus interesses.

    “Os líderes de alto escalão, sobretudo os das mais altas esferas do poder, precisam dar o exemplo e respeitar de maneira exemplar as regras do partido”, indica o comunicado do comité central. (Afp)

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