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    Portugal: UGT recusa mais medidas de austeridade em 2012

    O secretário-geral da UGT, João Proença, defendeu esta segunda-feira que nada justifica mais medidas de austeridade em 2012 e sustentou que não é possível manter “uma política cega” de congelamento de salários e pensões.

    “A nossa mensagem ao Presidente da República foi clara. Nós achamos que não pode haver mais medidas de austeridade. Nada justifica”, afirmou João Proença, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém.

    João Proença transmitiu ainda ao Presidente da República que, na opinião da UGT, “não é possível continuar uma política cega de congelamento de salários e pensões”, defendendo que o Governo deve promover o crescimento através do investimento para resolver os problemas orçamentais.

    Questionado sobre um eventual alargamento do corte de subsídios ao sector privado, João Proença reafirmou que “nada justifica qualquer medida em 2012”. “Relativamente a 2013, é uma medida que tem que ser discutida com equilíbrio e justiça social. Dizer que desaparecem cortes na administração pública e agora que vão introduzir-se cortes na administração pública e privado é totalmente inaceitável. Tem que haver preocupação com a justiça social”, reiterou, sugerindo a “penalização das fortunas, a penalização das empresas”.

    O secretário-geral da UGT manifestou preocupação face ao que considera ser uma “intenção deliberada da troika de pôr em causa da negociação coletiva em Portugal”, considerando que “isso é inaceitável”.

    João Proença expôs ainda a Cavaco Silva “as mais sérias dúvidas” da UGT quanto “aos caminhos que estão a ser percorridos” na política para a formação profissional, manifestando-se convicto de que “há uma intenção deliberada de fechar laboratórios e oficinas”, quer ao nível do Ministério da Educação, quer do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

    O líder da União Geral de Trabalhadores sublinhou que “uma das questões que choca” é assistir ao aumento das receitas fiscais sobre os rendimentos enquanto que baixam os salários e aumenta o desemprego. “Ao mesmo tempo, nas empresas, nas fortunas, no IVA a receita fiscal diminuiu, o que é que se está a passar? Isto é claramente uma injustiça”, declarou.

    João Proença disse ter saído “mais aliviado” da audiência com o Presidente da República, afirmando ter “a noção” de que Cavaco Silva tem uma “magistratura de influência extremamente importante neste momento de dificuldades”.

    “Quer em termos de governo, quer em termos de opinião pública em geral, as mensagens que apostem no crescimento e no emprego são fundamentais”, acrescentou.

    FONTE: Público

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