Lisboa – A longa-metragem “O Destinado” é a única produção cinematográfica angolana concorrente na edição deste ano do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (Festin), a decorrer entre 2 e 9 de Abril, no cinema de São Jorge, em Lisboa.
A informação é da organização do evento que, em conferência de imprensa, anunciou hoje, terça-feira, “O Destinado”, do realizador angolano Henrique Narciso “Dito”, como a único a representar Angola, ao contrário das últimas duas edições.
Em 2013, ano em que foi a grande homenageada, Angola esteve presente com os filmes “O Grande Kilapy”, de Zézé Gamboa; “Angola: Terra do passado e do futuro” e “Os Acordos do Alvor” (ambos de António Escudeiro); “Culturas Vivas” (Chico Júnior) e “Nos Trilhos Culturais da Angola Contemporânea” (Dias Júnior).
Em 2012, Angola apresentou no evento os filmes “Outros Rituais Mais ou Menos”, de Jorge António; assim como “Teatro de Quintal” e “Festa de Quintal”, ambos de Coreón Dú.
Numa edição que será marcado pelos filmes brasileiros (47 dos 70 no total das longa e curta-metragens), a organização justifica a única participação angolana com a pouca produção cinematográfica em Angola.
“Tal como foi nos anos anteriores, contínua a haver pouca produção de filmes na maioria dos países concorrentes, com excepção do Brasil”, afirma a direção do Festin-2014.
Porém, apesar dessa situação, a organização manifesta algum optimismo com o filme angolano, por ser “também uma produção intelectualmente boa e comerciável, tal como os outros não brasileiros”.
“O Destinado”, um filme amador relata a vida de um jovem cujas mágoas provocadas por um longo período de guerra apenas são ultrapassadas por amor e pelo patriotismo.
Para a longa-metragem, em que o Brasil concorre com 17 filmes, além de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique, contam também com uma representação cada, superados por Portugal (quatro), havendo ainda três co-produções luso-francesa e uma brasil-timorense.
Nas curtas-metragens, sem participação angolana e guineense, Brasil lidera com 30 candidatos, seguido de Portugal (11), Cabo Verde (três), Moçambique (um) e uma co-produção luso-francesa.
Cabo Verde será o homenageado desta edição, depois de Angola em 2013, ano em que, na longa-metragem, o filme brasileiro “Coleção Invisível” foi o vencedor e o prémio de melhor actor atribuído ao personagem Joãozinho das Garotas, interpretado pelo brasileiro Lázaro Ramos no filme angolano “O Grande Kilapy”. Na classe feminina dessa categoria, a brasileira Leandra Leal, do filme “Bonitinha, mas ordinária”, foi a melhor actriz.
Na curta-metragem, “Cowboy” (Brasil), de Tarcísio Lara Puiati, foi o vencedor, enquanto os melhores actores foram Fernanda Monte Negro, do filme brasileiro “A Dama do Estácio” (em feminino), e o português Cristóvão Cepas (masculino). (portalangop.co.ao)
