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    Pompeo e Lavrov reúnem-se para debater Venezuela e Irão

    Esta será a segunda reunião entre os principais diplomatas, e a primeira visita de Pompeo à Rússia na qualidade de secretária de Estado dos EUA, informa a Agência TASS.

    Após um raro encontro entre os chefes da diplomacia russa e norte-americana no Conselho do Ártico, no inicio do mês de maio, servirá o encontro desta terça-feira entre Lavrov e Pompeo para reforçar um entendimento de posições de Moscovo e Washington face à Venezuela e Irão. Um novo encontro entre Trump e Putin também poderá ser tema.

    Segundo a Lusa, a deslocação, prevista para segunda-feira, foi adiada por 24 horas para que Pompeo se reunisse em Bruxelas com responsáveis da União Europeia, que lhe pediram que os EUA mostrem “máxima contenção” perante a escalada de tensão no conflito com o Irão.

    O Irão classificou segunda-feira como “preocupantes” os “actos de sabotagem” contra navios ao largo dos Emirados Árabes Unidos e pediu a realização de um inquérito.

    “Os incidentes que ocorreram no mar de Omã são preocupantes e lamentáveis”, disse o porta-voz dos Negócios Estrangeiros, Abbas Moussavi, num comunicado, apelando para uma investigação e alertando contra “o aventureirismo de atores estrangeiros” para perturbar a navegação marítima.

    O Irão já ameaçou várias vezes fechar aquele estreito estratégico, crucial para a navegação mundial e para o abastecimento petrolífero, em caso de confronto militar com os Estados Unidos.

    A divulgação do incidente ocorre numa altura em que os Estados Unidos alertaram os navios para a possibilidade de “o Irão ou os seus representantes” poderem atacar o tráfego marítimo na região e quando Washington está a enviar para o Golfo Pérsico um porta-aviões e bombardeiros para combater alegadas ameaças de Teerão.

    Na segunda-feira, no final de um encontro com o seu homólogo chinês, Wang Yi, o chefe da diplomacia russa disse que quando se reunir com Mike Pompeo, em Sochi, no sul da Rússia, espera esclarecer de que forma os norte-americanos “pretendem sair da crise que eles próprios criaram por causa das suas decisões unilaterais”.

    Lavrov referia-se ao facto de, em 2018, os EUA terem abandonado o acordo nuclear com o Irão, por considerarem que aquele país não cumpria os seus compromissos.

    Em resposta, na passada semana, quando se cumpria um ano do abandono dos EUA do acordo, o Irão anunciou que retomaria o seu programa nuclear e voltaria a produzir urânio enriquecido.

    Na reunião de Mike Pompeo e Sergei Lavrov a crise iraniana será enquadrada pela complexa teia de relações diplomáticas à volta dos tratados nucleares, nomeadamente a extensão do tratado de redução de armas nucleares, START III, que expira em 2021.

    O acordo, bilateral, START III foi assinado em 2010, pelos então presidentes norte-americano, Barack Obama, e russo, Dmitri Medvedev, determinando uma redução em 30% do número de ogivas nucleares, para 1550 por país.

    O tratado também limitava em 700 o número de mísseis intercontinentais para cada país subscritor.

    Com a saída dos EUA do Tratado de Mísseis de Curto e Médio Alcance (IMF), em 2018, a prorrogação por mais cinco anos do START II ficou em dúvida, com os dois países a acusarem-se mutuamente de falta de interesse na contenção na corrida ao armamento nuclear.

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