O Produto Interno Bruto (PIB) de Angola atingirá, nos próximos cinco anos, um crescimento médio de 7,1 por cento, segundo dados estimativos apresentados hoje, em Luanda, pelo economista, Manuel Júnior.
De acordo com Manuel Júnior, o alcance desta cifra de 7,1 %, impulsionado fortemente pela dinamização do sector não petrolífero, prevendo-se, neste período, um crescimento de 9,5 por cento, contra 1,75% do sector petrolífero.
Ao falar na palestra sobre a “ Importância e relevância da formação qualificação de quadros nacionais”, no fórum sobre Crescimento Económico e Desenvolvimento Humano Sustentável, o economista angolano referiu que desde 2006 se tem mantido a tendência do sector não petrolífero crescer mais do que o sector petrolífero, o que é um indicador importante do processo de diversificação da economia em curso em Angola.
Salientou ainda, que nos últimos cinco anos, Angola cresceu a uma taxa média anual de 9,2% tendo em conta a produção não petrolífera que neste período quase dobrou.
“Este crescimento foi induzido fundamentalmente pelos investimentos públicos, que têm criado externalidades positivas para o crescimento do sector privado, segmento que deve constituir o motor do crescimento económico”, sublinhou o palestrante.
Relativamente à inflação, disse que em 2012 a inflação acumulada ficou ao redor de 10% e para 2013 aponta-se como objectivo uma inflação de 9%.
Manuel Júnior referiu que a redução da inflação é importante para os cidadãos, para as famílias e para o próprio Estado, porque a níveis muito altos funciona como um imposto sobre os detentores de activos líquidos e como um factor de incerteza para os investidores, e uma vez reduzida o clima de negócios do país é significativamente melhorado.
O Evento com duração de um dia é co-organizado pelo grupo MCA, da Universidade Agostinho Neto e pela empresa RTJA. (portalangop.co.ao)