O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou ontem aos portugueses para que votem por uma Europa “mais solidária e mais responsável”, defendendo que, com o Parlamento Europeu com mais poderes, há um dever de participação.
“Se este Parlamento Europeu tem um cunho democrático e pode escolher quem nos governa, então não temos o direito de nos abster dessa construção e dessa escolha europeia, temos o dever de nela participar todos”, defendeu Passos Coelho na Maia, no jantar comício de encerramento da campanha Aliança Portugal às eleições europeias.
Na sua intervenção, o líder do PSD defendeu que, apesar de não existir uma obrigação legal, Portugal tem um “vínculo moral e político” para com a candidatura do Partido Popular Europeu (PPE) à presidência da Comissão Europeia, protagonizada por Jean-Claude Juncker, que foi decidida no congresso da família europeia em que estão reunidos tanto os sociais-democratas como os centristas.
O líder social-democrata sublinhou que o Parlamento Europeu tem “mais poderes que existiram no passado”, apesar de muitos eleitores estarem “habituados a um Parlamento Europeu com menos poderes”.
“Aos portugueses e às portuguesas, faço este apelo muito direto, nós trabalhámos muito nestes três anos – e quando digo nós, falo de nós portugueses – para voltar a erguer o nosso país, mas agora é hora de dizer que também valeu a pena o trabalho que fizemos na Europa e trazer uma maior ambição para a Europa, mais solidária e mais responsável que houve no passado”, apelou.
“Isso é uma escolha que as portuguesas e os portugueses podem e devem fazer nestas eleições”, frisou.
O presidente do PSD frisou que destas eleições sairá o “Governo da Europa”.
“Nós não temos um vínculo legal que nos comprometa para propor no Conselho Europeu Jean-Claude Juncker como presidente da Comissão, mas temos um vínculo moral e político porque foi no congresso do partido europeu a que pertencem PSD e CDS que apresentámos essa proposta”, declarou.
“É para levar até ao fim essa proposta. E se o PPE vencer estas eleições na Europa, como há expectativa de que venha a acontecer, devemos esperar que Jean-Claude Juncker seja o presidente da próxima Comissão, porque essa vontade dos eleitores deve ser respeitada pelo Parlamento Europeu”, sublinhou. (noticiasaominuto.com)
por Lusa