Os legisladores quenianos deverão permitir o fim da isenção do imposto sobre o valor acrescentado nos combustíveis, uma medida consequente da dificuldade do Governo em atingir as metas orçamentais para este ano, avança hoje a Bloomberg.
O comércio de produtos petrolíferos no Quénia tem estado isento deste imposto (VAT na sigla em inglês) nos últimos cinco anos, mas o défice projetado de 5,7% para o ano fiscal 2018-19 deverá anular esta condição.
“Temos um orçamento muito ambicioso”, disse um membro do comité orçamental do Parlamento, Moses Kuria, à Bloomberg, que acrescentou que esta era uma das últimas medidas a confirmar.
“Estamos sem opções. Os dois alvos fáceis serão sempre os combustíveis e os ‘impostos do pecado’. Por isso, a este respeito, não temos alternativa a não ser acabar com as isenções”, explicou.
O preço de um litro de gasolina deverá subir dos 113,73 xelins (0,97 euros), valor registado em agosto, para os 130 xelins (cerca de 1,11 euros por litro).
Também o querosene, utilizado em várias habitações para iluminação e culinária, deverá subir dos 84,95 xelins (0,72 euros) para um valor próximo dos 130 xelins.
A dívida pública do Quénia aumentou 14%, atingindo um recorde de 5,039 biliões de xelins (cerca de 43 mil milhões de euros) no ano fiscal anterior.
Até junho, os impostos cobrados falharam o objetivo em 174,2 mil milhões de xelins (1,47 mil milhões de euros). (Notícias ao Minuto)
por Lusa