A figura do “coach” é bem conhecida no ambiente de trabalho de grandes empresas. É comum os grandes líderes empresariais terem um “coach”, expressão inglesa que significa treinador ou professor particular. Mas os papéis que este deve ou não desempenhar nem sempre reúnem consenso.
Para a especialista brasileira em “coaching”, Jussara de Sousa, o papel dele é, principalmente, estimular as pessoas para obterem melhores resultados durante os processos que levam ao desenvolvimento das suas competências pessoais e profissionais. “O conceito, no entanto, sobretudo quando atrelado a um contexto empresarial ou profissional, requer um nível de conhecimento de técnicas e metodologias que não tem nada a ver com aconselhamentos ou orientações ao cliente, que chamamos de “coachee”, referiu.
Para a especialista, o “coaching” émais do que saber acolher. Requer conhecimento de técnicas e metodologias e muita bagagem profissional. Éfazer com que o cliente encontre as suas próprias soluções. A actividade que dá conselhos é o “mentoring”, que éo profissional que tem especialidade ou é “expert” em alguma área e desenvolve um trabalho de orientação, aconselhamento e aponta direcção para o seu cliente.
Por sua vez, para Susanne Brandão, “coach” e cantoterapeuta (especialista que trabalha para melhorar a auto-estima, auto-valorização e auto-aceitação do indivíduo por meio do canto) a figura do “coach” é aquela que desafia o cliente a fazer mais do que faria por si. Ajuda o cliente a manter-se focado nos seus objectivos, tal como organizar o tempo, a vida pessoal e emocional, planos de estudo, conquistar um projecto e um sonho, organizar após mudanças na vida, etc.
“No “coaching” você assume um compromisso com você mesmo. O “coach” não é dono da solução do problema”, alerta. “Nem sempre ele tem o conhecimento técnico sobre o objectivo em questão. Ele ajuda-te a buscar a estratégia para desenvolver as suas metas”.
Segundo ela, o “coaching” não é terapia, pois trata do presente e do futuro. “É importante que haja uma empatia entre “coach” e cliente. As emoções surgem a partir do momento em que se fala de sonhos, mas o terapeuta vai tratar da parte afectiva: passado e traumas”, afirma, acrescentando que o “coaching” não é uma consultoria. Às vezes, o “coach” não tem conhecimento técnico sobre o objectivo em questão. Ele pode até se inteirar sobre o assunto, mas esta não é a condição essencial para que o processo de “coaching” aconteça.
“O “coach”. ou treinador tem por objectivo orientar e aconselhar o seu pupilo para que esse tome as decisões correctas num prazo de tempo curto, aprenda a lidar com a liderança, o sucesso, as metas e cobranças da empresa a fim de conseguir sempre os melhores resultados”. (Jornal de Economia & Finanças)