Barack Obama diz que a posição de Moscovo face à Ucrânia é sobretudo uma prova de fraqueza e não de influência internacional.
A anexação da Crimeia por parte da Rússia concentrou grande parte das atenções na conclusão da terceira Cimeira sobre Segurança Nuclear em Haia. O presidente norte-americano confirmou que estão a ser equacionadas novas sanções económicas, caso o Kremlin continue na mesma via.
Obama frisou que “a Rússia é um poder regional que está a ameaçar alguns dos seus vizinhos, não motivada pela força, mas pela fraqueza”.
A cimeira de Haia pretendeu reforçar a prevenção contra o “terrorismo nuclear”. O presidente norte-americano afirmou que foram feitos importantes progressos desde o primeiro encontro, em 2010.
Obama disse que “ainda há muito trabalho por fazer para cumprir os objetivos ambiciosos definidos há quatro anos, para garantir a segurança de todo o material nuclear, seja civil ou militar, para que deixe de representar um risco para os nossos cidadãos. É essencial para a segurança mundial. Dadas as consequências catastróficas de um único ataque deste tipo, não podemos ser complacentes”.
Os cinquenta e três países presentes comprometeram-se com a redução de materiais nucleares perigosos, que poderiam ser usados por grupos terroristas. Mas só trinta e cinco aceitaram submeter a avaliações internacionais as suas medidas de proteção deste tipo de materiais.
O enviado da euronews a Haia, James Franey, diz que o acordo foi apresentado como “uma importante etapa para melhorar a segurança nuclear. Mas existem dois problemas: o primeiro é que não é vinculativo, do ponto de vista jurídico; a outra questão-chave é o seu verdadeiro alcance, já que a Rússia, um dos países com o maior arsenal de armas nucleares do mundo, recusou assinar”. (euronews.com)