A direcção provincial da Cultura no Moxico prevê trabalhar, entre o segundo ou terceiro trimestre deste ano, com a do Comércio, Hotelaria e Turismo para estudar mecanismos para rentabilizar as áreas adjacentes aos monumentos e sítios históricos, anunciou sexta-feira, no Luena, o director da instituição, Noeli João Manuel.
Em entrevista à Angop, Noeli Manuel disse que este projecto vai incluir igualmente empresários locais e de outras regiões do país, para investirem nas redondezas dos monumentos e sítios históricos, com a construção de aldeias turísticas, residenciais e hotéis, impulsionando, respectivamente, a cultura e o turismo, uma das formas de diversificar e fortalecer a economia de Angola.
Afirmou que após os encontros, onde serão esboçados as questões de construção e reabilitação das vias de acesso, as propostas irão ser apresentadas ao governo provincial para a devida aprovação de construção de infra-estruturas e tabelas de preços a serem aplicadas.
O responsável adiantou que é necessário incentivar as pessoas a visitarem regularmente estes lugares históricos, que actualmente são visitados apenas pelas comunidades circundantes destas infra-estruturas, membros das administrações municipais e responsáveis da área cultural, devido ao mau estado das estradas que ligam as vilas aos locais onde se encontram os monumentos e sítios históricos.
Noeli João Manuel assegurou que alguns monumentos e sítios históricos estão preservados e identificados com placas e marcos, nomeadamente o sítio de Kamitongo, Cassongo, Forte da Cameia, túmulo de Hoji-Ya-Henda.
Estão registados na Direcção Provincial da Cultura 94 monumentos e sítios históricos, entre os quais as ruínas do Forte da Cameia e o sinal de resistência dos nativos contra a ocupação colonial portuguesa, o único classificado no Moxico desde Abril de 1998 como património nacional. (ANGOP)