O ex-ministro de Durão Barroso diz que Portugal se foca demasiado num problema de software – os partido – quando devia resolver o problema de hardware – a Constituição.
Nuno Morais Sarmento diz que “Paulo Portas viverá para a vida com o remorso de não ter sido líder do PSD […] viverá com esse trauma […] um trauma parecido com o que Marcelo Rebelo de Sousa viverá se não se candidatar à Presidência da República”.
Para o ex-ministro de Durão Barroso, a coligação PSD/CDS “não é uma coligação de felicidade. Se não continuar, como é que é? Aquilo já não dá muito mais. O pano, qualquer dia, de tanta lavagem rasga”.
Em entrevista ao jornal i, pesar de se afirmar do PSD de direita, Morais Sarmento diz que tem de ser “lúcido” e “ver para lá do nosso umbigo” – “António Costa é talvez o socialista português com melhores condições de abrir à esquerda. Basta ver Lisboa”.
Para o futuro do país ser próspero há vários problemas a resolver, defende, e nem sempre a sociedade está focada nas questões certas: Há “um problema de hardware, da Constituição, do modelo eleitoral, não é do software, que são os partidos”, defendeu.
“Tudo mudou, mas nós achamos que o nosso sistema político não precisa de mudar […] Gastamos as energias do país a discutir se é melhor o Windows 98 ou o XP quando, na realidade, é relativamente indiferente, porque estamos a fazê-las correr num computador de 89, vai dar sempre bug”, disse, referindo-se à Constituição de 1989, ano em que se fez uma revisão relativamente ao modelo do sistema político. (noticiasaominuto.com)