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    MINSA investiga “provável contaminação” de criança com vírus HIV no Hospital Maria Pia, e admite tratamento no exterior

    O Ministério da Saúde (MINSA) instaurou uma comissão de inquérito para averiguar a “provável contaminação” de uma criança de sete anos com o vírus do HIV, durante uma transfusão recebida no Hospital Josina Machel (Maria Pia). A instituição tutelada por Sílvia Lutucuta garante que está a fazer de tudo para que a menor não contraia a doença, admitindo o recurso a tratamento no exterior do país.

    A história de uma criança de sete anos contaminada com o vírus do HIV no Hospital Maria Pia, após dar entrada na unidade de Saúde para tratar de um abcesso, está a chocar a sociedade, que, nas últimas horas, tem usado as redes sociais para partilhar a revolta e indignação.

    “Quem se responsabilizará pelas consequências desta irresponsabilidade?”, questiona a activista Sizaltina Cutaia, uma das internautas a tomar posição sobre o caso.

    “Num país democrático normal, a ministra da Saúde pedia a sua demissão, no mínimo”, responde a deputada da UNITA Mihaela Webba, reagindo à pergunta lançada por Cutaia.

    Para já, a responsável da tutela, Sílvia Lutucuta, ordenou a abertura de uma comissão de inquérito para averiguar o ocorrido, informa o MINSA.

    Através de um comunicado, ao qual o NJOnline teve hoje acesso, o Ministério da Saúde indica que a criança deu entrada no Hospital Josina Machel no passado dia 10 de Outubro.

    “Trazida pelos pais, segundo a história clínica, a criança referiu dor de dentes há mais ou menos três dias, inflamação na bochecha, feridas na boca e dificuldades ao engolir”, refere a nota, acrescentando que a partir de exames complementares hematológicos a menor foi diagnosticada com uma anemia.

    “Naquela unidade hospitalar procedeu-se a uma intervenção cirúrgica, drenagem e antibioterapia”, adianta o comunicado.

    Ponderado tratamento no exterior

    Após a cirurgia, já no dia 17 de Outubro, “foi efectuada uma hemo transfusão, tendo sido constatado provável contaminação do sangue do doador pelo vírus da imunodeficiência humana”, lê-se no documento.

    Perante esta situação, a ministra da Saúde recomendou o seguimento do caso, em regime de internamento no Hospital Pediátrico de Luanda, “para cumprimento rigoroso da terapêutica”, iniciada antes das 24h pós-exposição, “conforme protocolo de profilaxia”.

    A instituição tutelada por Sílvia Lutucuta sublinha que a ministra “deslocou-se ao Hospital Pediátrico de Luanda, ao encontro dos familiares, para garantir que o Ministério da Saúde fará todo o esforço, no sentido de impedir a replicação do vírus, atendendo a que está provado cientificamente que 90% dos casos expostos não contraem a doença”.

    O comunicado acrescenta que, “se necessário”, o MINSA vai recorrer “a uma abordagem diferenciada no exterior do país”. (Novo Jornal Online)

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