O Ministro francês para a Transição Ecológica e Solidariedade, Nicolas Hulot, apresentou o «Plan climat », ambicioso projeto que tem como principal objectivo tornar França num país neutro em termos de emissões de CO2 em 2040. As fortes medidas previstas para os automóveis são um dos mais pesados contribuintes neste plano radical.
A primeira das medidas do estado francês é o prolongamento do incentivo à aquisição de automóveis menos poluentes, e que até aqui podia ser aplicada a automóveis usados desde que fossem mais amigos do ambiente. Para 2017 o plano prevê o incentivo à compra de automóveis novos alimentados a gasolina, híbridos a gasóleo e gasolina, gás ou elétrico. O apoio para automóveis usados está ainda em equação pelo executivo francês e deverá prever, nas palavras do ministro «a troca de um automóvel a gasóleo anterior a 1997 ou a gasolina anterior a 2001 por um automóvel menos poluente, novo ou usado». Com esta medida o ambiente será beneficiado, e os cidadãos também, ao verem garantida a entrada em zonas de circulação restrita.
O grande impacto surgirá em 2040, já que ao concretizarem-se as afirmações de Nicolas Hulot, em França não serão vendidos automóveis a gasolina ou gasóleo. Este plano está já a ser fortemente criticado pela leveza com que foi comunicado, já que em aberto fica a estratégia para veículos poluentes como camiões, barcos e aviões.
Durante a conferência de Imprensa o Ministro francês demonstrou algum desconhecimento em matéria de automóvel, ao servir-se do exemplo da Volvo que fabricará apenas automóveis com motorizações elétricas, esquecendo-se que neste grupo estão englobados os automóveis híbridos que além da eletricidade, continuam a utilizar gasolina ou gasóleo. (Maistecnologia)
