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    Ministro nega que tenha havido passividade da polícia nos incidentes de dia 10

    O ministro angolano do Interior negou na quarta-feira ter havido passividade da polícia angolana face à atuação de civis na repressão da tentativa de manifestações antigovernamentais no dia 10 em Luanda.

    Em conferência de imprensa na Cidade da Praia, no final de uma visita de três dias a Cabo-Verde, Sebastião Martins garantiu que a polícia tem atuado dentro da lei “para proteger os cidadãos e manter a ordem e segurança públicas”.

    Em causa está a atuação de grupos de civis armados com catanas, barras de ferro e cabos de eletricidade no espancamento e repressão de quem presumiam pretender manifestar-se contra o Governo.

    Um dos feridos foi o economista Filomeno Vieira Lopes, cujo espancamento provocou a fratura do braço esquerdo em três sítios, um golpe profundo na cabeça e equimoses por todo o corpo.

    “Houve uma atuação plena da polícia, houve efetivamente um ambiente que ultrapassou a nossa capacidade de responder a todos aqueles que esperavam uma atuação a contento. Mas houve o cuidado da polícia, no momento certo, de dar a atenção necessária a todos os cidadãos e, por isso, não houve passividade da polícia”, garantiu.

    Sebastião Martins reagiu ainda às declarações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), que, em Luanda, também condenou a alegada passividade da polícia.

    O governante angolano afirmou que respeita a opinião da Igreja, mas garantiu que a maioria dos cidadãos angolanos “entende” a atuação da polícia.

    “A própria Igreja tem sido um elemento de partilha de opiniões, de ideias e até mesmo de aconselhamento e pensamos que, quando expressa uma opinião, deve ser tida em conta. Mas não temos dúvidas de que a maioria dos cidadãos entende que a polícia tem feito o seu melhor. Se quiser que diga que a polícia tem feito tudo, teria alguma dificuldade e perguntaria se há alguma polícia no mundo plenamente eficaz. Mas, seguramente, vamos sentindo que há cada vez mais confiança na polícia angolana”, afirmou.

    Relativamente ao processo de organização das eleições previstas para setembro próximo, Sebastião Martins garantiu que a polícia angolana já está a preparar-se no quadro da lei eleitoral, para que a votação “seja a mais tranquila possível”.

    “Estamos a iniciar a preparação dos nossos efetivos para que correspondam às expetativas que se colocam nestas terceiras eleições. Queremos que a polícia angolana, e todo o quadro de colaboradores do Ministério do Interior, respondam plenamente àquilo que os angolanos esperam das eleições. Ou seja, a afirmação, confirmação e evolução da nossa democracia, a segurança necessária, a tranquilidade e um espaço onde cada vontade política possa afirmar-se e disputar nas regras definidas para as eleições”, explicou.

    Fonte: RTP

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