O mercado imobiliário angolano regista um novo período de expansão, sendo os segmentos de habitação e escritórios os mais activos.
Existem, no entanto, oportunidades de investimento que são transversais a todos os segmentos, com especial destaque para o retalho e o imobiliário industrial – estas são as principais conclusões do Estudo de Mercado Imobiliário em Angola.
A Proprime, empresa de consultadoria e avaliação imobiliária que já há seis anos consecutivos desenvolve este estudo, apresentou-o quinta-feira, 19 de Junho, na Baía de Luanda, numa conferência sobre Novos Veículos de Investimento no Sector Imobiliário em Angola.
O estudo, que incide sobre as obras novas, em especial condomínios e edifícios de primeira linha, conclui que o mercado imobiliário angolano regista um novo período de expansão, sendo os segmentos de habitação e escritórios os mais activos. Existem, no entanto, oportunidades de investimento que são transversais a todos os segmentos, com especial destaque para o retalho e o imobiliário industrial.
Depois de sofrer o impacto da crise financeira internacional, a qual acabou por reflectir-se no abrandamento do ritmo de desenvolvimento, o mercado imobiliário Angolano assiste agora a um novo período de expansão, embora numa conjuntura diferente e com características longe do início da década passada, em que se verificou um boom nas vendas a qualquer valor e uma absorção de produtos ainda em planta, salienta o director da Proprime, Francisco Barros Virgolino.
Segundo o responsável da Proprime, no mercado habitacional de Luanda assiste-se a um novo dinamismo, fruto do projecto âncora de requalificação da Baía de Luanda e do potencial de oportunidades face à emergência da classe média.
Francisco Barros Virgolino sustentou ainda que se assiste neste momento em Angola a uma procura mais alargada, consequência do aumento do poder de compra e da crescente profissionalização da indústria imobiliária.
Não é alheio a este facto a maior abertura, por parte do Governo, na criação de mecanismos e programas que impulsionam o desenvolvimento económico e social e que permitem satisfazer as necessidades da população no que diz respeito ao acesso à habitação.
De acordo com o estudo da Proprime, o mercado de escritórios de Luanda tem registado bons níveis de procura, em especial por parte de empresas das áreas financeira e petrolífera.
No turismo, a evolução da actividade em 2013 foi positiva, sendo este segmento considerado estratégico para a economia nacional.
Essencialmente ancorada em hotéis, a oferta imobiliária nesta área começa a ser marcada pelo surgimento dos primeiros resorts, os quais conjugam valências hoteleiras e imobiliárias, sendo o golfe o principal produto turístico.
No retalho, são muitas as oportunidades para a diversificação e expansão da oferta, dado o ritmo de crescimento demográfico e as características populacionais – elevado número de populações urbanas, classe média jovem a emergir – e os novos hábitos e necessidades de consumo que daí resultam.
O estudo conclui ainda que uma das áreas imobiliárias com maior potencial de crescimento em Angola é o sector industrial e logístico. Para tal concorrem factores como a escassa oferta nesta área e o crescimento do tecido industrial de Angola, isto no quadro da aposta na diversificação da economia, industrialização do país e necessidades de espaços de armazenamento face à importação de produtos. (Angop / Expansão)