O vice-ministro Adão de Almeida disse, aos jornalistas, no final de uma visita de dois dias ao Cunene, que a capacidade operacional do registo eleitoral naquela província é reforçada nos próximos dias com meios aéreos.
O vice-ministro da Administração do Território para os Assuntos Institucionais e Eleitorais referiu que os problemas verificados estão ligados à incapacidade dos brigadistas atingirem determinadas localidades e que por isso foram criadas condições para resolver o problema.
O modo de vida disperso da população do Cunene e a época chuvosa, salientou, são os principais factores dessas dificuldades.
O vice-ministro disse que o objectivo da visita ao Cunene se destinou a verificar o trabalho desenvolvido e as principais dificuldades para se encontrarem soluções, de forma a atingirem-se os objectivos traçados, que passam pelo recurso a meios aéreos, que facilitem a deslocação de brigadistas a determinadas áreas.
A nível do país, disse, os números são satisfatórios, pois estão registados sete milhões de eleitores. Durante a estada no Cunene, o vice-ministro reuniu-se com elementos das comissões municipal e provincial eleitoral e visitou as brigadas de registo do Cuanhama e de Ombadja.
Algumas províncias, revelou, estão quase na recta final do processo, mas noutras é necessário um trabalho suplementar. Adão de Almeida disse acreditar que as metas preconizadas são atingidas antes dos 50 dias que faltam para a conclusão do processo. Adão de Almeida, ao falar num encontro com os elementos das comissões executivas municipal e provincial eleitoral, disse que, dada a quantidade de eleitores que ainda não actualizaram os dados, é preciso haver um esforço suplementar. No Cunene foram registados 46.231 eleitores. A meta é atingir 157.595.
O secretário provincial do Movimento Nacional Espontâneo no Huambo disse ser necessário maior envolvimento das igrejas na mobilização da juventude para o registo e actualização de dados eleitorais.
Fernando Vicente, que manifestou a opinião no encontro metodológico do Fórum Nacional da Juventude Religiosa, que terminou ontem, referiu que o envolvimento das instituições religiosas permite que os jovens acorram em maior número aos postos de registo e de actualização eleitoral.
O primeiro vice-presidente do Fórum Nacional da Juventude Religiosa lembrou que o processo de registo e actualização eleitoral é um dever cívico e de cidadania que permite o cidadão eleger os dirigentes de forma livre e democrática.
“O processo de registo eleitoral para a juventude religiosa não é pecado, assim como participar nas eleições, tendo em conta o seu objectivo que é de preservar a paz e democracia”, disse António Sawanga.
No encontro participaram jovens de várias denominações religiosas das províncias de Luanda e Huambo. O Fórum Nacional da Juventude Religiosa, fundando em 15 de Setembro de 2000, em Luanda, que reúne organizações juvenis de 83 denominações, tem como objectivo sensibilizar a sociedade em geral, especialmente a juventude, sobre a importância de contribuir no processo de resgate dos valores morais e cívicos.
Fonte: JA/Angop