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    Liberdade de expressão em debate em Maputo

    Jovens moçambicanos deparam-se com dificuldades para exercer a liberdade de expressão, de pensamento e de opinião, devido a questões de socialização na família e nas escolas.

    A conclusão é de académicos e activistas dos direitos humanos.

    Moçambique é considerado, a nível do continente africano um dos países de topo no que concerne à aplicação da liberdade de expressão e de imprensa, porém o exercício deste direito constitucional é deficiente por parte dos jovens.

    “Estamos numa situação em que na escola o professor está desmotivado, o aluno está desinteressado, os pais estão distraídos e a sociedade está indiferente”, considerou o psicólogo Hachimo Chagane.

    Em tempos de violência, como os que se assistem actualmente devido ao conflito político-militar, Carmen Bila, do Parlamento Juvenil, diz ser necessário que os cidadãos conheçam e entendam o significado da liberdade de expressão, pois só assim é que poderão saber accionar os mecanismos ou instâncias competentes, tais como a polícia, a procuradoria e os tribunais, sempre que este direito for violado.

    “Aacabamos optando pelo conformismo de termos este direito e não ser defendido, portanto acabamos optando pelo criticismo, acabamos criticando a justiça moçambicana, temos muitas leias mas não são implementadas e não são respeitadas”, disse Bila.

    As mulheres são as que mais têm medo do exercício da liberdade de expressão, de acordo com Felicidade Chirindza, da Associação Wansati Pfuka, que considera que as pessoas devem ter habilidades para escutar e analisar, antes de reprimir qualquer opinião.

    Estas considerações foram tecidas aquando da reflexão sobre “Liberdade de expressão em Tempos de Violência: Soluções para os jovens” promovido pela Universidade A Politécnica. (Voa)

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