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    Juristas julgam justiça angolana (áudio)

    O estado de  funcionamento da  justiça em Angola continua a revelar-se deficiente aos olhos dos cidadãos que não reconhecem  credibilidade nas suas instituições, a julgar pelos casos de atropelos a lei.

    Alguns especialistas em direito não concordam mas  reconhecerem que os resultados do trabalho realizado ainda não satisfazem.

    O procurador geral adjunto da republica, Dr. Mota Liz, disse que a situação da justiça em Angola “é insuficiente” e está a enfrentar  “enormes desafios” numa altura em que se está a “modernizar”.

    Há “uma dimensão histórica” dessas insuficiências e desafios mas também outra “dimensão fundamental”.

    “ Se a litigância era reduzida á medida que os membros da comunidade vão conhecendo os seus direitos, à medida que vai havendo maior formação jurídica das populações os litígios levados aos tribunais vão aumentado”, disse, defendendo por isso a necessidade de modernizar o sistema.

    Mas Liz fez notar que nunca há em nenhuma parte um sistema de justiça que satisfaça todos.

    “Dificilmente há uma correspondência ideal entre a necessidade de justiça e a oferta de justiça,” disse para Quem a justiça “é um bem” que “custa caro”.

    “Por isso é preciso encontrar-se soluções sociais para poder corresponder às expectativas da sociedade”, acrescentou.

    O jurista Benja Stula disse que o sistema de justiça em Angola  é “insuficiente”  mas “razoável” mas que há tem que ter em conta todo o facto relacionado com  recursos humanos – desde pessoal de tribunal a advogados e á polícia – , as infra-estruturas que existem e ainda “o quadro normativo existente”.

    “Se fizermos a súmula destas  três perspectivas podemos chegar á conclusão que o estado é razoável e insuficiente”, disse afirmando que isto significa que “estamos ainda muito distantes do óptimo”

    O jurista Albano Pedro disse que há também que ter em consideração “situações fora do quatro de justiça em que o cidadão carece de consciência jurídica”.

    Neste aspecto há “factores inerentes à própria administração da justiça e factores que são externos á administração da justiça”.

    Para Pedro ao cesso á justiça “ainda é dificultado pela insuficiência de várias estruturas a que se possa aceder”.

    Contudo, disse, muitas vezes os cidadãos não recorrem á justiça por são de opinião que não vão alcançar a justiça que pretendem, isso particularmente no “domínio privado, das relações particulares”.

    “Muitas vezes as pessoas não vão aos tribunais porque acham que a expectativa não será realizada”, acrescentou.

    Ouça o debate sobre a justiça em Angola na sua totalidade clicando aqui.

    (voa.com)

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