A Juventude Unida Revolucionaria de Angola (JURA) quer ver os órgãos do Estado despartidarizados para permitir um atendimento imparcial ao público exigiu, nesta terça – feira, no Luena, a secretária provincial, Elizete Ngueve William.
A exigência, segundo a Angop, foi feita durante uma conferência de imprensa organizada pela organização juvenil da UNITA, onde a líder da JURA apontou o mau desempenho do Gabinete Provincial da Juventude e Desportos local, como fruto da acumulação das tarefas.
A dirigente política justificou que no princípio deste ano, o referido gabinete procedeu de forma parcial, por ter excluído os membros da sua organização no processo de concessão de crédito para agricultores e jovens empreendedores.
Acusou, por outro lado, a direcção do mesmo gabinete de ter negado o pedido da JURA de realizar uma conferência de imprensa na casa da juventude da cidade do Luena.
Caracterizou a atitude do gabinete da juventude e desportos em ter cometido actos de falta de comunicação e descriminação contra os jovens enquadrados nas fileiras da JURA.
Neste sentido apelou os funcionários das instituições estatais a actuarem com respeito e honra, por constituírem locais de atendimento público, onde o papel do exercício da cidadania deve se ter em conta.
Condenou também certos actos de intolerância política registados um pouco por toda a província, mormente, nos estabelecimentos de ensino.
Na ocasião, reprovou a forma como são feitas as nomeações no sector da educação, que opta pela convicção de militância partidária, ao invés da competência profissional, infringindo o número (1) do artigo 81º da Constituição da República de Angola.
Em resposta, o director provincial do gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desporto, Constantino Satchamuaha, disse que o seu sector no referido período, jamais solicitou lista de jovens para a cedência de créditos.
O responsável negou igualmente, ter recebido algum pedido da JURA para o uso da sala de conferências da casa da juventude da cidade do Luena.
Presumiu que esse pedido tenha sido dirigido ao Conselho Provincial da Juventude (CPJ).
Por sua vez, o secretário executivo do CPJ, Augusto Mendes Mulau, reconheceu ter existido tal possibilidade, mas que, havia abrangido membros das diferentes organizações políticas, sociais, filantrópicas, entre outros jovens empreendedores interessados.
A propósito, o secretário executivo do CPJ disse ter contactado pessoalmente a direcção da JURA para o efeito, sem sucesso.