Jovens oriundos de todas as províncias do país marcharam ontem, domingo, no município do Cazenga, em Luanda, a favor da realização das eleições gerais, a 31 de Agosto, com civismo e patriotismo, num claro exemplo de cidadania, facto que marcou o noticiário eleitoral, a 19 dias do pleito.
Os mais de 1500 jovens, que participaram no II encontro do Juventude, promovido pelo Ministério da Juventude e Desporto, “soltaram o grito” e apelaram aos políticos para a necessidade de realizarem um pleito eleitoral exemplar.
A caminhada iniciou defronte à empresa Frescangol e culminou no marco Histórico 4 de Fevereiro, agitando por completo o Cazenga e relegando para um nível mais a baixo o fraco dia da campanha eleitoral dos concorrentes às eleições.
Durante a marcha, foram ouvidos slogans como “o país tem rumo, estamos a caminhar na via certa”, “sou a favor das eleições justas e pacíficas”, ” juventude informada, futuro seguro”, ou ainda ” juventude nunca agiu a margem do povo, é do povo e trabalhou sempre para o povo”.
Na ocasião, o vice-ministro para a Juventude, Job Castelo Capapinha, garantiu que os jovens angolanos vão assumir, com responsabilidade, os compromissos candentes, para a realização de eleições justas e livres.
Olhando para a campanha eleitoral, o MPLA realizou um acto de massas na comuna de Lukunga, província do Uíge, orientado pelo membro do Comité Central do MPLA, Afonso Pedro Canga.
Durante o evento, o político exortou a população local a votar no seu partido, para continuar a materializar os programas direccionados ao bem-estar social e económico do Povo Angolano.
Afirmou que o actual governo, liderado pelo MPLA, está disposto a prosseguir com a implementação de acções que almejam o bem-estar dos angolanos.
“O MPLA quer vencer as eleições para continuar a construir mais escolas, hospitais, estradas e pontes e propiciar mais emprego”, enfatizou, apelando aos eleitores a votarem no seu partido, pelo facto do seu programa para o quinquénio 2012/2017, garantir a continuidade da paz, harmonia e desenvolvimento.
No Mussende, província do Kwanza Sul, o primeiro secretário provincial do MPLA, Serafim Maria do Prado, apelou os eleitores residentes a acorrerem às assembleias de voto, a 31 do corrente mês, e votarem no seu partido.
No Longonjo, província do Huambo, teve lugar uma campanha de sensibilização porta-a-porta para o voto no MPLA.
Em Mbanza Kongo, província do Zaire, o MPLA ganhou mais trinta e oito membros, antes pertencentes ao Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA).
O PRS (Partido de Renovação Social) realizou uma acto de massas no município do Cazenga, em Luanda, tendo, na ocasião, o seu presidente, Eduardo Kwangana, apelado à calma e serenidade dos seus militantes, diante de provocações sofridas da parte de membros de outras formações politicas.
No seu discurso, explicou à população que o seu partido escolheu aquele município para o seu primeiro comício em Luanda, depois de uma jornada de trabalho no centro e sul do país, onde o PRS deu o pontapé de saída da sua campanha, porque “foi no Cazenga onde partiram os guerrilheiros para romper as cadeias onde estavam os patriotas”.
Já o vice-presidente para a Organização e Acção Política da CASA-CE, Manuel Fernandes, disse que a coligação defende uma ideologia de centro esquerda, a única que corresponde aos anseios e expectativas dos angolanos.
Em entrevista à Angop, Manuel Fernandes reconhece que pelo facto de se tratar de uma coligação de vários partidos, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral defende uma ideologia de mudança.
A coligação FUMA trouxe a terreiro algumas das suas dificuldades para a realização da campanha política traduzidas na falta de transporte e na existência de “problemas de carácter interno”.
Em declarações à Angop, o porta-voz da coligação disse que os factos influenciaram negativamente as duas semanas da campanha eleitoral da formação.
Joel Lucas admitiu que os “poucos meios” que a Coligação dispõe limitaram o cumprimento da agenda de trabalho programada e a organização atempada dos actos de massas previstos, principalmente em Luanda.
O PAPOD fez deslocar uma delegação chefiada pelo seu presidente, Artur Finda, à província da Huila onde espera realizar uma passeata e de um acto político no mercado João de Almeida.
No seu espaço de antena na Rádio Nacional, o Conselho Politico da Oposição (CPO) reafirmou o desejo de integrar o parlamento para defender os direitos dos professores e o bem-estar social da população.
Por seu turno, a Frente Nacional de Libertação Nacional (FNLA) reafirmou hoje, domingo, que a construção de Angola passa pela consolidação da unidade nacional baseada na reconciliação permanente de todo povo angolano.
FONTE: Angop