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    Inspector da Saúde alerta para fragilidade da fronteira com a RDC

    Angop

    O inspector-geral do Ministério da Saúde, Miguel dos Santos de Oliveira, referiu esta terça-feira, no Huambo, que a extensa fronteira terrestre entre as repúblicas de Angola e Democrática do Congo (RDC), na parte Norte e Leste do país, constitui a primeira zona de entrada de medicamentos falsos e contrafeitos, que são um atentado à saúde pública.

    Estas declarações foram feitas quando abordava o tema sobre “Vigilância epidemiológica, contrafacção e falsificação de medicamentos”, inserido no encontro provincial da Saúde, decorrida esta terça-feira.

    O responsável realçou, na ocasião, que extensa fronteira com a RDC, por ser uma zona difícil de controlar, tem permitido a entrada de quantidade de medicamentos não autorizados no país, tornando cada vez mais preocupante a situação, tendo em conta as consequências irreversíveis que estes produtos podem causar à vida das famílias angolanas.

    As repúblicas de Angola e Democrática do Congo são dois países vizinhos e partilham uma extensa fronteira de dois mil e 600 quilómetros quadrados.

    Por este facto, Miguel dos Santos de Oliveira referiu que têm sido desenvolvidos esforços, com a retirada do mercado nacional nos últimos meses de um total de seis mil toneladas de medicamentos falsificados, contrafeitos e mal conservados, no âmbito da Operação Resgate.

    Apesar disso, salientou que ainda verifica-se o aumento, em todo o país, de cidadãos envolvidos em práticas atentatórias contra a saúde humana.

    Apontou o mercado informal como sendo o principal destino dos comerciantes de medicamentos falsos, numa altura em que o Ministério da Saúde tem as acções viradas no reforço do combate a estas práticas, através de campanhas de sensibilização sobre as principias consequências destes produtos e, ao mesmo tempo, aplicação de métodos coercivos.

    Entretanto, Miguel dos Santos de Oliveira disse que os produtos de tratamento de disfunção eréctil são os que mais entram no país, a partir da fronteira com a RDC, uma realidade que preocupa as autoridades angolanas, tendo em conta o elevado número de cidadãos que ocorrem para aquisição destes fármacos.

    Informou que, recentemente, foi apreendida, nas províncias de Cabinda e da Lunda Norte, uma quantidade ainda por se determinar de afrodisíacos não apropriados para o tratamento da disfunção eréctil e para o emagrecimento, bem como para engordar, este dois últimos, mais utilizados pelas mulheres.

    O uso insistente destes produtos, segundo o inspector-geral do Ministério da Saúde, tem criado inúmeras consequências, sobretudo no que toca às infecções diversas e aumento de mortes, resultantes de problemas cardíacos, pois que os mesmo são comercializados, na sua maioria, em forma de chá.

    Assegurou que a inspecção do Ministério da Saúde está a combater está prática, com um alargamento para o campo da medicina natural, onde se verificam igualmente a comercialização de tubérculos com efeitos contrários ao do tratamento de disfunção eréctil, por cidadãos que buscam lucro fácil.

    O responsável alertou a população que os fármacos, com imagens eróticas fabricados na Consta do Marfim e na Nigéria, são de uso proibido.

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