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    Hassan Sheikh Mohamud eleito Presidente da Somália

    Hassan Cheikh Mahmoud, 66 anos, foi eleito domingo pelos deputados Presidente da Somália, destronando o Chefe de Estado cessante, Mohamed Abdullahi Mohamed. O Presidente eleito regressa à Presidência que já tinha ocupado entre 2012 e 2017.

    Segundo a BBC, Hassan Sheikh Mohamud, venceu a disputa eleitoral depois de três rondas de uma votação, que decorreu em Mogadíscio, capital do país, com um apertado bloqueio de segurança imposto pelas Forças de Segurança para evitar eventuais atentados .

    Na primeira volta, participaram 36 candidatos, quatro dos quais seguiram para o segundo turno. Como nenhum candidato conseguiu conquistar, pelo menos, dois terços dos votos dos 328 legisladores, a votação foi para um terceiro turno, onde Hassan Mohamud acabou por vencer por uma maioria simples.

    Membros das Câmaras Legislativas Superior e Inferior escolheram o Presidente em votação secreta dentro de uma tenda instalada num hangar do aeroporto dentro do campo militar de Halane, que é protegido por Forças de Paz da União Africana.

    A reeleição de Hassan Sheikh Mohamud encerrou um processo eleitoral prolongado que aumentou as tensões políticas, e as preocupações com a insegurança, depois que o mandato de Mohamed Abdullahi Mohamed expirou em Fevereiro de 2021 sem um sucessor no lugar.

    Tiros comemorativos ecoaram em várias partes de Mogadíscio quando ficou claro que Haasan Mohamud havia derrotado o homem que o substituiu há cinco anos. Ainda antes de se saber o resultado da votação, o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, pediu à Somália para se centrar na reconciliação e na paz. “Esperamos que as eleições presidenciais na Somália sejam pacíficas”, escreveu Borrell, numa mensagem publicada na rede social Twitter, acrescentando que “a nomeação de um novo Presidente finaliza o processo eleitoral, que se atrasou muito”.

    “Chegou a hora de os dirigentes da Somália se centrarem na reconciliação e na consolidação da paz”, concluiu.

    A prorrogação de dois anos do mandato de Mohamed Abdullahi Mohamed pelos deputados, em Abril de 2021, desencadeou combates em Mogadíscio, reavivando memórias das décadas de guerra civil que assolaram o país depois de 1991.

    A comunidade internacional fez repetidos apelos para que as eleições fossem concluídas, estimando que os atrasos impediam as autoridades de se concentrar na luta contra os radicais islâmicos, filiados na Al-Qaeda, que há 15 anos lideram uma insurreição no país.

    Esta eleição era crucial para o futuro económico da Somália, onde 71% da população vive com menos de 1,90 dólares por dia. O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu que um Programa de Ajuda poderia terminar automaticamente em 17 de Maio se uma nova administração não estivesse em funções.

    A Somália está em crise desde 1991, quando os “senhores da guerra” depuseram o ditador Siad Barre e depois se revoltaram entre eles. Anos de conflito, ataques de radicais islâmicos e a fome devastaram o país, que enfrenta também uma das piores secas das últimas décadas.

    As organizações humanitárias temem uma fome semelhante à de 2011, que matou 260.000 pessoas.

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