As pessoas, na Praça de Maidan, no centro de Kiev, reagem de forma diversa, à investida russa, no sul e leste do país
Há quem deseje uma resposta musculada do governo, contra os separatistas, apoiados por Moscovo.
Peritos de defesa ucranianos dizem que a resposta militar devia ter acontecido mais cedo. Ninguém parou os separatistas no início, por incompetência, ou falta de vontade política.
Um jovem diz que o Governo espera pela ajuda externa:
“Isto é uma agressão, não há dúvida. O cenário da Crimeia está a repetir-se. Esperamos pela reação da comunidade internacional, que tem de nos ajudar. As autoridades esperam ajuda militar, mas temos de depender apenas de nós próprios”.
Outra habitante de Kiev admite que os ucranianos têm de defender o território ucraniano, com armas:
“O nosso governo perdeu a Crimeia, porque fomos muito tolerantes, com o que estava a acontecer, acreditávamos numa solução pacífica. É por isso que eu acho que temos de ser mais rigorosos e defendermos, mesmo com armas, a nossa terra ucraniana”.
Finalmente, ainda há quem acredite na via diplomática:
“Em primeiro lugar, é necessário tentar resolver as questões diplomaticamente e depois ficar na defensiva. E se não houver qualquer solução diplomática? Tudo tem de ser feito para encontrá-la. O mundo inteiro irá participar, toda a nação tem que participar para que esse problema possa ser resolvido, sem derramamento de sangue”.
O tempo começa a escassear, para a diplomacia. As atenções centram-se agora nas negociações multilaterais que começam na quinta-feira, em Genebra.
Até lá, é uma corrida contra o tempo. (euronews.com)