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    Há muito espaço para Angola e EUA fortalecerem as suas relações, dizem analistas angolanos

    VOA

    Vinte e cinco anos depois dos Estados Unidos e Angola terem estabelecido relações diplomáticas há grandes oportunidades para uma maior ligação económica e financeira entre os dois países, disseram dois especialistas angolanos.

    Nos primeiros 19 anos da independência de Angola, os Estados Unidos não reconheceram o governo de Luanda e durante a guerra civil deram grande apoio à UNITA.

    O reconhecimento veio só em 1993 e a embaixada americana foi aberta em 1994.

    Desde então as relações entre os dois países têm vindo a melhorar e Washington considera agora Angola “como um parceiro estratégico” algo que o economista Angola Jonuel Gonçalves considera ser também a posição das autoridades de Luanda vis-a-vis Washington.

    O economista disse não poder haver qualquer dúvida sobre essa posição do governo angolano fazendo notar que “a grande preocupação do governo angolano é 1) não contrariar os Estados Unidos, 2) ter a aprovação dos Estados Unidos em termos políticos, 3) garantir que os Estados Unidos do ponto de vista económico e financeiro apoiam Angola.

    Jonuel Gonçalves fez notar que a polícia federal americana, o FBI, está pronta a colaborar com Angola na apreensão de fundos levados para fora de Angola como resultado de operações ilegais.

    “As indicações que há em Luanda é que o FBI se está a preparar para fazer uma investigação nesse sentido sobre aquele dinheiro que foi desviado e que de alguma forma teve contacto delituoso com os Estados Unidos”, disse.

    Gonçalves fez notar que “Angola precisa vários mil milhões de dólares” para investir e diversificar a sua economia.

    Interrogado sobre o facto da China ser o principal parceiro económico de África e de Angola, Jonuel Gonçalves fez notar que a dívida angola é de cerca de 21 mil milhões de dólares.

    “Não é aconselhável aumenta-la, de maneira nenhuma”, disse o economista que frisou que apesar da China oferecer juros mais baixos que os mercados de capital “neste momento Angola não tem condições de pagar”.

    Já o analista angolano Augusto Báfua Báfua considera que as relações entre Washington e Luanda conheceram um enorme desenvolvimento devido ao empenho dos dois lados, com uma forte aposta de empresas americanas no sector do petróleo, enquanto o governo americano ajudou muito no campo social, como, por exemplo, através do programa de luta contra a Sida.

    Báfua Báfua, entretanto, acredita que o campo para uma maior e diversificada presença de investidores americanos é enorme fazendo notar que em comparação com a África do Sul ou a Nigéria “Angola ainda é virgem”

    O analista concordou que desde a administração Obama os estados Unidos têm vindo a abrandar a pressão sobre as autoridades angolanas nas questões de direitos humanos mas sublinhou que as autoridades angolanas “teve grande melhoria na questão dos direitos humanos”.

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