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    Guineense vence prémio mundial “Expo Live Innovation Grant” com UBUNTU 2S

    O engenheiro guineense Adulai Bary e o seu sócio da BigTechnology venceram com um projecto de energia solar, “Ubuntu”, uma competição organizada pela Expo 2020 do Dubai, denominada Live Innovation Impact Grant Programe.

    O programa apoia ideias inovadoras para melhorar a vida das comunidades e o ambiente e Adulai Bari juntou as duas num kit’ de energia solar que vai ajudar os guineenses, em particular, e os africanos, na generalidade, a ter acesso à electricidade.

    “O projecto já estaria operacional. Mas a pandemia impediu o seu arranque. O plano previsto é que arranque em Janeiro do próximo ano e agora está a ser afinado”, afirmou à Lusa Adulai Bari.

    Projeto de energia solar “Ubuntu” dá prémio a engenheiro da Guiné-Bissau.
    (DR)

    A tecnologia, que vai permitir levar electricidade às pessoas que residem em zonas remotas, já existe e está a ser fabricada por um parceiro chinês.

    “É uma pequena bateria solar com capacidade para ligar em casa entre três e cinco lâmpadas, um rádio e um telemóvel, que todas as famílias podem adquirir por cerca de 200.000 francos cfa (cerca de 300 euros) e pagar em prestações mensais de quatro dólares”, explicou o engenheiro informático, de 30 anos.

    “As lâmpadas para iluminar as casas e facilitar a educação nas zonas rurais. A energia solar por causa das alterações climáticas e o acesso ao digital porque sem energia não se pode carregar o telemóvel. Todos têm direito ao digital e a energia é um componente importante”, afirmou o engenheiro informático guineense.

    Guiné-Bissau acolhe projecto-piloto para produzir energia a baixo custo

    O projecto inclui também uma rede de quiosques solares, que vão vender kits, mas também ser um ponto de animação digital, com wi-fi gratuito e onde as pessoas podem carregar telemóveis, fazer transferências de dinheiro e estarem juntos.

    “A nossa abordagem é inclusão digital”, salientou.

    Para Adulai Bary, o reembolso do valor do kit pode ser feito em dois anos e vai ajudar as pessoas com rendimentos mais baixos a terem acesso à electricidade.

    O kit também vai ser produzido numa versão que inclui um aparelho de televisão e numa outra para pessoas que pretendem apenas o fornecimento de energia eléctrica. No final do pagamento do valor, as pessoas ficam proprietárias dos kits.

    Segundo dados da ONU, disponibilizados no último relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, na Guiné-Bissau com cerca de dois milhões de habitantes menos de 20% da população tem acesso a electricidade e a água canalizada.

    Em contrapartida, o país tem mais de 200 mil utilizadores na rede social Facebook e mais de 80% da população utiliza telemóvel.

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