O Governo da Guiné-Bissau abriu um inquérito à tentativa de golpe de Estado da passada terça-feira, 1 de Fevereiro. O Ministério Público guineense elaborou uma lista com nomes de cerca de 20 pessoas alegadamente envolvidas nos incidentes.
De acordo com uma fonte, que pediu o anonimato, entre os potenciais indiciados estarão altos oficiais do Ministério do Interior, dirigentes do PAIGC, o principal partido da oposição, e militares alegadamente próximos do antigo Chefe de Estado-maior das Forças Armada, José Américo Bubu Na Tchutu.
Nesta quinta-feira, 3 de Fevereiro, o Presidente da República visitou o Palácio do Governo, onde aconteceu a alegada tentativa de golpe de Estado, para, segundo ele, ver o local.
Em declarações à imprensa, Umaro Sissoco Embaló afirmou que “não estou aqui para acusar ninguém e nem fazer caça as bruxas”.
Questionado se já têm o nome das pessoas que supostamente estiveram envolvidas no ataque, Embaló disse que não pretende substituir a Comissão do Inquérito.
O Presidente da República deixou ainda indirectas a certas vozes que levantaram dúvidas sobre a alegada tentativa de golpe de estado.
A Procuradoria-Geral da República também não se pronunciou sobre os processos em curso, nem o Governo ou as Forças Armadas informaram acerca do número e identidades dos detidos.
Ontem, o porta-voz do Governo, Fernando Vaz, confirmou que 11 pessoas morreram, sendo sete militares e paramilitares, três civis e um alegado “agressor” membro do Ministério do Interior.
Tanto o Presidente da República como o Governo indicaram que os responsáveis do acto estão ligados ao tráfico de drogas.
A tentativa de golpe de Estado aconteceu durante uma reunião do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo, presidida por Umaro Sissoco Embaló.