A guarda civil espanhola reclamou que se triplique o número de agentes na fronteira entre Ceuta e Marrocos para conter a entrada de imigrantes ilegais, considerando que o serviço nesta zona “é dos mais duros do país”.
Num comunicado citado pela agência Efe, a Associação Unida de Guardas Civis (AUGC) afirmou que a fronteira é “uma autêntica fila indiana de imigrantes, e também de delinquentes e de menores”, o que é visível nas “entradas permanentes de sírios com passaportes alugados – mais de 140 este ano – ou os que se escondem em fundos duplos de veículos”.
De acordo com a associação, os agentes “não são suficientes em número para atender como se deve esta passagem, já que falta pessoal nos turnos” e os guardas que estão ali destacados “acabam por ter jornadas esgotadoras e desumanas”.
Atualmente, entre três a quatro guardas civis, por turno, asseguram o controlo da fronteira, mas a associação defende que o número deve elevar-se para 15, “principalmente durante o dia”.
“Com o número de agentes que existe hoje, cada um apenas pode dedicar um par de segundos a ver cada pessoa e 20 segundos para cada veículo. É impossível fazer um controlo adequado quando agentes, com oito horas de serviço num ponto de constante pressão, têm de controlar a passagem de 8 mil veículos e 30 mil pessoas por dia desde as 08:00 até às 21:00”, lamenta a associação. (tsf.pt)