O comandante do Exército, general Lúcio do Amaral, exortou nesta quarta-feira, em Luanda, os jovens que vão atingir a idade de incorporação militar nos próximos anos, a fazerem-no sem hesitar para servir a pátria.
“O exército é uma escola onde se aprende as boas maneiras e a vida real e a não a virtual”, afirmou o oficial general, lembrando que exibir a farda militar implica responsabilidades acrescidas, porque, acima de tudo, está o cumprimento do serviço militar obrigatório para a defesa da Pátria.
Lúcio do Amaral fez estas considerações à imprensa, à margem da cerimónia de encerramento da conferência denominada “Angola – Guerra de Libertação Nacional e Independência”, promovida pela Direcção de Estudos e Investigação Militar.
O responsável augura por um exército reequipado, em termos de formação dos homens e condições sanitárias e de habitabilidade para que os soldados e oficiais se sintam bem nas suas unidades.
Relativamente à conferência, sublinhou a sua importância em termos da moral e educação patriótica das tropas, tendo em conta os acontecimentos narrados, alguns dos quais vividos por muitos presentes.
“Para aqueles que não tiveram a oportunidade da participar nestas batalhas, pelo menos levam daqui algum conhecimento sobre os combates que proporcionaram a independência do país, para que os angolanos fossem hoje pessoas livres”, disse.
Precisou que a publicação em livro das comunicações apresentadas pelos prelectores vai servir, futuramente, de base para material de estudo dos cadetes nas diversas instituições de ensino militar.
Durante dois dias, os participantes reflectiram sobre temas como “A guerra de guerrilha do MPLA no leste (1966-1974)”, “A URSS e a luta de libertação de Angola”, e “A guerra de guerrilha da FNLA no leste de Angola (1966-1974)”.
“A guerra de guerrilha da UNITA no leste (1966-1974), “O movimento das forças armadas e a descolonização de Angola (1974-1975)”, “De Mombaça a Nakuru: o problema da unidade do nacionalismo angolano (1975)”, constam igualmente dos temas da conferência.
Nos debates incluiu-se também “Descolonização de Angola: o difícil percurso para a independência”, “A FLEC e a invasão a Cabinda”, “As FAPLA e a importância estratégica de Cabinda (1974-1975)”, “Operação Savannah: apoio Sul-Africano à UNITA (1975-1976”, e “A operação Carlota no contexto de guerra fria (1975-1976)”. (portalangop.co.ao)