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    Fogo-de-artifício nos céus europeus é 98% chinês. Portugal é excepção

    Alemanha, Holanda, Polónia e Reino Unido são os maiores importadores de pirotecnia da União Europeia, com a quase totalidade (98%) a vir da China. Em Portugal, um dos poucos países europeus com produção própria, mais de metade do fogo-de-artifício é fabricado em território nacional

    Dentro de poucas horas, muitas toneladas de fogo-de-artifício vão iluminar os céus noturnos por toda a Europa, celebrando a chegada de 2019. Mas, a chegada do Ano Novo será, como todos os anos, celebrada com pirotecnia chinesa em quase todo o Velho Continente. Portugal é uma das poucas exceções.

    Os dados do Eurostat não deixam margem para dúvidas. Em 2017, a União Europeia (UE) importou 110 mil toneladas de fogo-de-artifício, num valor de 261 milhões de euros.

    De onde vieram estas importações? Quase todas da China. O Grande Dragão representou 98% do volume total de importações.

    Entre os compradores estão, sobretudo, os países do Norte da Europa. O Eurostat destaca que 77% destas importações foram apenas quatro Estados-Membros da UE. A começar pela Alemanha, o principal importador com 40 mil toneladas (36% do total), seguida da Holanda (24 mil toneladas, 22% do total), Polónia (11 mil toneladas, 10% do total) e Reino Unido (10 mil toneladas, 9% das importações totais).

    Portugal é uma exceção a esta realidade europeia: “50% a 60% do fogo-de-artifício é fabricado em Portugal”, diz ao Expresso Carlos Macedo, presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE).

    Espanha e Itália são as outras exceções, com números “semelhantes”, indica Carlos Macedo. É a estes três países, com tradição no sector, “que está restrita a produção na Europa”, explica.

    Uma produção com uma lógica de alfaiate. Quem compra à China – caso dos países nórdicos, como a Alemanha, onde quase 100% do fogo-de-artifício é “made in China” – “compra standard”, assegura Carlos Macedo. Já as empresas do Sul da Europa “fazem produção à medida, para fins específicos”, afiança.

    “É essa a razão para as empresas espanholas, italianas e portuguesas, em particular, ganharem tantos concursos internacionais”, remata Carlos Macedo.

    Por isso, logo à noite, quando vir o fogo-de-artifício iluminar o céu noturno, já sabe: ao contrário do resto da Europa, é muito provável que seja “made in Portugal”.

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