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    Executivo apela à união de Angola e Zâmbia para desenvolvimento comum

    O secretário executivo adjunto da SADC, João Samuel Caholo, exortou os sectores privados de Angola e da Zâmbia a unir esforços para que os projectos de interesse comum vinguem, com destaque para o “Corredor do Lobito”.

    O angolano lançou este repto durante a sua prelecção sobre a “ A Integração Regional e a importância do Corredor do Lobito para a cooperação e desenvolvimento de Angola e da Zâmbia”, decorrido sábado, em Lusaka.

    Durante o acto, no âmbito das festividades do 37º aniversário da independência de Angola, recordou que a comunidade de ambos países devem envolver-se para que os projectos do Corredor do Lobito e o do Caminho- de- Ferro de Benguela(CFB) venham a beneficiar o comércio entre os dois países fronteiriços.

    “O que os governos concordaram nunca foi suficiente… Por isto, convido os cidadãos dos dois países a se organizarem em sector privado para impulsionarem o desenvolvimento. Gostaria de ver uma relação estreita entre a comunidade zambiana e a nossa Embaixada…” – apelou João Caholo.

    Dirigindo-se a membros do corpo diplomático acreditado na Zâmbia, políticos, docentes, empresários e a comunidade angolana, o secretário aprofundou o seu discurso no tocante à contribuição que o Corredor do Lobito pode dar em termos de circulação de mercadorias e crescimento económico da região, particularmente em Angola e na Zâmbia.

    “A vontade política pode desempenhar um papel importante para pôr a funcionar esta importante infraestrutura. A Zâmbia, antes da Independência, consumia produtos do mar provenientes de Angola. O Corredor do Lobito teve um importante papel em Copperbelt. A guerra em Angola fez com que a Zâmbia procurasse outras rotas em função da inoperância do CFB. Mas, com a paz que Angola alcançou há dez anos, o Governo angolano priorizou a reabilitação do Corredor do Lobito”« – explicou.

    Fez referência ao facto de os portos do Lobito e Namibe serem naturais, não necessitando, por isto, de envolver gastos, aspecto que geralmente preocupa os países.

    Não existindo esta barreira, admitiu a hipótese de o sector privado vir a jogar um grande papel no aceleramento do processo de construção e funcionamento do Corredor do Lobito.

    “Espero que os sectores privados de Angola e da Zâmbia empenhem-se e sejam accionistas deste processo” – encorajou.

    Joao Caholo não deixou de realçar que o Estado angolano vem criando uma série de facilidades para permitir que transações comerciais se operem.

    “Angola está a facilitar os impostos, alfandegários, está a construir estradas e linhas férreas. Hoje a comunicação entre os dois países esta mais facilitada.” –disse

    Respondendo a uma questão relativa ao real envolvimento do Governo angolano para pôr a funcionar o Caminho-de-Ferro de Benguela(CFB), explicou que o Executivo envolveu-se na mobilização de recursos financeiros para tal empreitada. “ Temos uma linha de crédito vinda da China. O Governo está empenhado. Começou pela desminagem. O CFB poderá chegar ao Luau em 2013”- esclareceu.

    A alta figura da SADC, embora reconheça que alguns entraves da vida moderna, como as fronteiras, a obtenção de vistos e outros, possam comprometer determinados avanços no caminho do desenvolvimento dos dois países, disse esperar que brevemente se possa utilizar a rota Mwinilunga/Cazombo/Luau/Lobito.

    “Este é um trabalho de todos. Vamos criar redes, é possível fazer isto… O nosso destino é comum, temos os mesmos desafios. Mas precisamos de apoiar um ao outro. Não vamos deixar esta responsabilidade apenas para os governos” – apelou.

    No fim da dissertação, a embaixadora de Angola na Zâmbia, Balbina da Silva, felicitou o palestrante pela escolha de um tema tao pertinente e pelo domínio demonstrado sobre o assunto.

    A palestra cujo tema foi “ A Integração Regional e a importância do Corredor do Lobito para a cooperação e desenvolvimento de Angola e da Zâmbia” insere-se no leque de actividades que a Embaixada de Angola na Zâmbia leva a cabo para saudar o dia 11 de Novembro.

    Na sexta-feira, foi exibido, numa das salas de cinema de Lusaka, o filme angolano “ O Comboio da Canhoca”.

    Durante o mês de Novembro, além da cerimónia oficial, haverá um encontro com a comunidade angolana da localidade de Chingola, a actuação do Ballet Nacional de Angola e uma mostra da gastronomia angolana.

    FONTE: Angop

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